Embora a expressão “é melhor prevenir do que remediar” seja popular no Brasil, pode-se dizer que ainda não foi incorporada ao comportamento dos brasileiros, especialmente quando o assunto é a istração de edifícios comerciais.
Pela Barzel Properties
De acordo com o IBAPE-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo), 66% dos acidentes em edificações com mais de 30 anos de construção têm como causa a deficiência na manutenção, a perda precoce de desempenho e a deterioração acentuada. Esse levantamento revela não só a importância da manutenção das construções, mas principalmente a urgência em deixar de se considerar este investimento como despesa.
Em países com normas e leis de manutenção mais rígidas, alguns regulamentando até periodicidade de limpeza de fachada, por exemplo, foi desenvolvida uma cultura de investimento em modernização e manutenção, tanto de estruturas quanto de equipamentos.
Não à toa, muitos brasileiros quando viajam para países assim, com histórico de preservação do patrimônio, voltam maravilhados com a convivência harmônica do antigo com o novo, incorporada à paisagem urbana. Mais do que simplesmente estética, é esse cuidado que garante segurança e valor às construções ao longo do tempo.
No caso específico de empreendimentos comerciais, é preciso reforçar que a grande complexidade de instalações, incluindo sistemas de ar condicionado e equipamentos para usos específicos, exige manutenção periódica, acompanhamento especializado e investimento sistemático.
Quando isso não é feito, o imóvel se deteriora, gera gastos inesperados (em geral, elevados) e coloca em risco a segurança dos ocupantes, além de perder vida útil e valor de mercado rapidamente.
Diante disso, o melhor a fazer é planejar. Mirar o longo prazo e fazer investimentos periódicos em manutenção preventiva e preditiva é muito mais estratégico do que economizar em manutenção rotineira e correr o risco de ter prejuízos maiores no futuro.
Leia também sobre outros temas:
– A resiliência de escritórios bem localizados em São Paulo
– Entenda o mercado de securitização de recebíveis imobiliários
– Home office permanente será mesmo o “novo normal”?
Ganhos com manutenção preventiva
Esse dano não se restringe ao custo para remediar um possível acidente, mas também para lidar com o aumento da taxa de vacância, especialmente em situações de crise, quando o locatário encontra maior oferta e prioriza empreendimentos mais bem cuidados, atualizados tecnicamente e sem problemas estruturais.
O edifício corporativo Pinheiros Corporate, situado no bairro de Pinheiros, é um exemplo de como boas instalações, com manutenção de ponta, é um fator decisivo na ocupação.
Apesar de estar localizado em uma região bastante valorizada, o edifício havia perdido potencial competitivo com o tempo e chegou a registrar altas taxas de vacância.

Pinheiros Corporate.
No entanto, depois de ar por um retrofit, mudanças na gestão e modernização da operação, a ocupação aumentou rapidamente, indicando que o prédio se tornou muito mais atrativo às exigências do mercado.
Casos como este só confirmam que istrar com visão de longo prazo e foco na preservação dos ativos proporciona atratividade aos locatários e, consequentemente, gera muito mais valor aos investidores destes imóveis.
Deixe uma resposta