Da Redação 302e8
Temos falado com certa frequência sobre as expectativas para os fundos imobiliários em 2023. Isso porque eles sofreram em 2022, mas buscam e já apresentam certa recuperação.
Com os desafios que a economia enfrentará, essa pauta é importante. E surge justamente porque poucos discordam que não será um ano desafiador para vários setores, inclusive o de FIIs.
Levantamento realizado pela Empiricus Research e publicada na InfoMoney, aponta a opinião de mais de 20 gestores. O estudo ouviu 22 gestores que compartilharam suas visões da indústria de fundos para 2023 com pontos de atenção. Também publicamos no final de dezembro a opinião de 8 gestoras sobre o mesmo tema. Para conferir, clique aqui.
Resultado da pesquisa 2c2510
Entre os entrevistados, 45,24% dos gestores apontam o endividamento dos fundos como o assunto mais preocupante.
Os analistas de real estate da Empiricus e responsáveis pela pesquisa, Caio Araujo e Pedro Niklaus, avaliam que isso tem relação direta com a manutenção da taxa de juros em patamar elevado.
“Muitos FIIs tomaram dívidas nos últimos anos em busca de ampliar o portfólio de imóveis. Com as novas emissões no mercado de capitais em ritmo lento, há uma atenção especial envolvendo liquidez desses fundos”, observam.
De igual maneira, a preocupação com o nível de ocupação dos fundos de tijolo foi citado por 21,43% dos gestores.
Os analistas acrescentam que esses FIIs registram altas taxas de vacância nos principais centros do Brasil. Destacou-se o segmento de lajes corporativas.
Juntamente com os outros temas citados, apareceu a inadimplência dos fundos, uma preocupação de 19,05% dos entrevistados. Além disso, a regulação foi lembrada por 9,52% dos respondentes. Por último, 4,76% dos gestores citaram a governança entre os cinco principais temas que requerem mais atenção ao longo do ano.
Leia também: – São Paulo e Rio de Janeiro registram recuperação em 2022 no mercado de escritórios – FIIs e setor de shoppings podem ser afetados pela crise da Americanas – Iguatemi bate recorde de vendas no quarto trimestre e chega a R$ 17 bilhões em 2022 4d5x5b
Atenção com FIIs e com o Brasil 65t1a
A matéria aponta, ainda, que entre as oito perguntas feitas aos gestores, o cenário macroeconômico brasileiro deste ano também foi observado com atenção. Os dois assuntos mais citados têm relação com os impactos dos ativos financeiros.
Nesse sentido, 34,09% dos entrevistados apontaram a política fiscal e, na sequência, a inflação e a taxa de juros como principais gatilhos para a indústria de FIIs.
“Tendo em mente os impactos nos fundos imobiliários, a dinâmica de política fiscal larga na frente como principal ponto de atenção, especialmente pela ausência de uma nova âncora fiscal neste momento”, dizem os analistas da Empiricus.
Seguido da inflação e de juros, a reforma tributária foi outro ponto de atenção para 18,18% dos gestores. Enquanto 6,82% citaram políticas públicas e efeitos de uma possível recessão global.
Diversas empresas participaram do levantamento, entre elas Alianza Investimentos, BTG Pactual, Credit Suisse, Galapagos Capital, Hedge Investments, Kinea Investimentos, Mauá Capital, Navi Capital, Rio Bravo Investimentos, Safra Asset Management, Vinci Partners e mais.
Notícia completa no portal InfoMoney
Deixe uma respostaCancelar resposta 11sj