Não só de paredes altas, portas fechadas e salas de reuniões imponentes viverá o mercado de escritórios do futuro, mas de toda criatividade, inovação, cores e sentidos que esta nova fase propiciada pela pandemia pede.
O cenário vivido pela sociedade há mais de um ano já trouxe, inúmeras vezes, o questionamento se vale a pena manter um escritório ativo ou não. Não à toa, e já antenada às mudanças que o mercado imobiliário tem protagonizado, a Buildings foi atrás de um case que acabou de sair do forno para dividir com vocês.
A Buildings teve o prazer de visitar o novo escritório da Ecogen no 11º andar do Rochaverá – Marble Tower em São Paulo. O que este espaço tem de tão especial? É simples! Ele representa com maestria o que é o modelo de escritório do futuro.
Nossa equipe foi muito bem recebida pelo CEO da Ecogen Brasil, Luiz Cabral, e pela Ana Paula Keller Lekitsch, Head de Marketing da empresa. Se você duvida que este novo escritório trás o que há de mais moderno e humano ou desejar apenas se inspirar, vem conosco!
Cenário atual
Com a obrigatoriedade do distanciamento social descobrimos (ou constatamos) ser possível trabalhar de casa, ainda que essa adaptação tenha surgido, em alguns casos, de forma abrupta. Seja como for, o home office foi, de certa forma, uma tábua de salvação no meio do oceano.
A pandemia provocada pela Covid-19 veio com força e sacudiu o mercado corporativo em praticamente todos os segmentos e atividades econômicas. Com os edifícios comerciais de portas fechadas por vários meses seguidos, empresas aram a rever o tamanho de suas ocupações, a dinâmica de seus espaços, além de buscarem outras alternativas, como a redução ou readequações para novos layouts, já primando pelas novas tendências que o mercado requer.
Por outro lado, qualquer gestor que preze pelo crescimento de seus negócios faz projeções a médio e longo prazo para sua empresa. Até aí, nenhuma novidade.
Surpresa, talvez, seja perceber que aqueles que, de uma hora para a outra, foram surpreendidos ou até prejudicados pela pandemia, conseguiram ajustar seu propósito já alinhando seu foco ao futuro encurtado que chegou rapidamente. E pensar que isso não necessariamente é algo ruim, é também uma maneira saudável de se abrir para novas possibilidades.
O que a Ecogen oferece
Líder nacional no desenvolvimento, implantação e gerenciamento de soluções em eficiência energética e na geração de utilidades economicamente atrativas e ambientalmente responsáveis. Esta é a Ecogen.

Fernando Didziakas (diretor da Buildings), e Luiz Cabral (CEO da Ecogen), durante entrevista no novo escritório da empresa. (Foto: Buildings)
A conversa entre Fernando Didziakas, sócio diretor da Buildings, e Luiz Cabral, CEO da empresa há pouco mais de 6 meses, buscou entender um pouco mais sobre o core business da Ecogen e como eles enxergaram a necessidade dessa mudança/adaptação, refletida em um modelo de escritório dinâmico, moderno e muito inspirador.
De forma muito didática, Cabral compartilhou sobre as soluções que a Ecogen oferece para diversos tipos de plantas de imóveis comerciais.
“Nós podemos atender qualquer segmento que tenha a ver com energia ou utilidade. Podemos oferecer soluções energéticas para hospitais, indústrias e edifícios comerciais, por exemplo. E mais do que apresentar solução, nós implementamos e controlamos esse trabalho. Aqui no escritório existe um centro de operações, pelo qual monitoramos cada uma das plantas. Além de identificar a melhor solução, nosso objetivo para cada segmento é garantir que isso funcione de forma 100% positiva. Se um hospital precisa de vapor, de CO², ou não puder ter interrupção de energia, por razões óbvias, nós vamos lá, avaliamos e implementamos uma solução que atenda de maneira satisfatória essa necessidade. É nisso que somos especialistas”, explica.
Antenado ao momento em que o Brasil e o mundo têm vivido em razão da crise da saúde e com foco nas novas tendências absorvidas pelo mercado imobiliário corporativo, a Ecogen lançou mão de estudos, diálogos entre os setores, tecnologia e inovação para trazer uma solução para suas equipes. Foi daí que surgiu o escritório do futuro que podemos conferir no vídeo e nas fotos abaixo (aquele que chegou às pressas e veio para fincar raízes).
Vídeo completo aqui:
O projeto e a mudança estrutural
É interesse destacar que Luiz Cabral assumiu a gestão da Ecogen bem no auge da pandemia, quando tudo ainda estava incerto. Havia mais especulações e incertezas para o mercado de trabalho do que qualquer possibilidade real de retomada do crescimento econômico.
Apesar disso, o CEO teve a sensibilidade e o olhar atento para enxergar que o ambiente corporativo ali instalado não correspondia ao DNA da instituição, aos valores em que acreditam.
“Quando cheguei aqui, no primeiro dia, vi tudo vazio e tive uma sensação diferente. Claro, já estávamos vivenciando a pandemia e grande parte dos colaborares estava em home office. De qualquer forma, vi um escritório tão grande totalmente vazio, com paredes altas, dividido em duas partes. Com ilhas, salas e telões que não refletiam a ideia de proximidade. Achei um negócio meio frio”, relembra.
Neste momento Cabral compartilha o quanto se sentiu estimulado a promover uma mudança que traria novos ares e oportunidades aos negócios, aos relacionamentos interpessoais e profissionais, à saúde e bem-estar de todos ali inseridos.
“Como trabalhamos com energia, temos que ‘energizar’ de fato os ambientes, as pessoas. De forma sustentável e criativa, claro. O que pensei foi ‘esse ambiente não ajuda nessa proposta’. As pessoas sentam e discutem as tarefas de forma técnica, mecanizada, sem aproximação”.
Foi então que decidiu promover um novo ambiente.
“Surgiu um turbilhão de ideias, conversei com a Ana [Keller Lekitsch], do setor de Marketing, com o RH e sugeri: ‘será que não é hora de mudar?’ Minha intenção foi justamente tornar a empresa mais humana, promovendo um espaço físico menos departamentalizado, capaz de entregar soluções, por meio de uma equipe criativa e mais conectada”.
Cabral explica que, por ser uma empresa do grupo Mitsui & Co., teve receio, em um primeiro momento, de não ter sua ideia aprovada pelos acionistas japoneses.
“Até o momento da instauração da pandemia, ainda não tínhamos o home office como prática ou mesmo intenção como modelo a médio prazo. Por uma questão cultural, o japonês preza muito que os funcionários estejam nos escritórios. Por isso, achei que poderia haver resistência, mas fico feliz em ter me enganado. Eles se mostraram abertos à ideia, nos apoiaram com o projeto e recentemente adotamos o modelo home office como fixo a toda a equipe”.
Confira nas fotos abaixo como é o novo escritório:
Essa mudança estrutural e conceitual do novo escritório, agora praticamente sem paredes, divisórias e departamentos marcados, com mesas grandes e centralizadas, para conversas e troca de experiências, sofás coloridos e agradáveis, mesas pequenas e ajustáveis para os funcionários adequarem seus notebooks e claro, muita cor, natureza e dinâmica em todo ambiente corporativo, propicia outra forma de olhar o próprio exercício do trabalho e da criação. Sem contar que a arquitetura biofílica promove integração com o verde e isso gera satisfação e bem-estar.
E talvez você esteja se perguntando agora: para que um escritório novinho em folha e com tantas facilidades e funcionalidades criativas se os funcionários irão trabalhar de casa?
Essa pergunta também foi pensada por nós.

Luiz Cabral (CEO da Ecogen) em sua nova sala, projeto moderno e inovador. (Foto: Buildings)
O gestor elucida essa dúvida, de maneira muita serena.
“Aqui é o espaço onde eles podem vir para criar, para se relacionar, trazer clientes que vejam o trabalho sendo realizado. Aqui eles podem ofertar soluções, com aspecto humano, com mais sensibilidade para entender a dor do cliente”.
Ele ainda completa:
“Este novo escritório traz na mensagem o DNA da Ecogen, que permeia pela inovação, por ser uma empresa humana, de energia positiva. Este lado humano pede relacionamento. Todos podem trabalhar de casa fazendo suas planilhas, mas quando for necessário colocar para fora o lado criativo, de interação, aqui é o ambiente ideal. Podem falar de tudo, do trabalho, da família, de futebol, do clima, dos negócios. Também podem receber clientes, realizar reuniões. Nosso foco aqui é o relacionamento entre as equipes, os colaboradores e os gestores”.
Apesar de muitas empresas estarem balizando a importância de manter seus espaços e escritórios, e outras migrando para o home office definitivo ou modelo híbrido, Cabral destaca que trabalhar de casa é importante até uma certa medida.
“Para nós, o capital humano é prioridade. As equipes têm autonomia para criar, para inovar, propor soluções, sentirem-se à vontade para utilizar este espaço com liberdade e autonomia. Realizar aqui coisas que talvez não consigam em suas casas”, esclarece.
Ao ser questionado sobre o que o mercado pode esperar da Ecogen neste iminente futuro, Cabral reafirma os valores profissionais anteriormente citados.
“Prestamos um serviço de qualidade em eficiência energética e geração de utilidades. Fazemos toda análise da necessidade do cliente, investimos nele, istramos esse contrato por 10 ou 20 anos. Algo que não é o core business dele, mas que com certeza é o nosso. O que eu espero é que continuemos nesse segmento de inovação, mas levando sempre a questão humana a tiracolo. Temos de entender muito bem quais são as necessidades, inclusive humanas, que esse cliente tem. É isso que fazemos e continuaremos a fazer”, finaliza.
As paredes sumiram; as equipes se conectaram ainda mais
A segunda parte desta entrevista foi realizada com a Head de Marketing, Ana Paula Keller Lekitsch, para entender todas as mudanças funcionais implantadas neste novo ambiente.

Ana Paula Keller Lekitsch (Head de Marketing) da Ecogen durante bate-papo com a equipe da Buildings. (Foto: Buildings)
Como citado e mostrado lá no início, as paredes sumiram dando lugar a um ambiente aberto, amistoso, moderno e colorido. Mas isso, claro, não foi determinado aleatoriamente. Quanto às diferenças entre o escritório tradicional da Ecogen e este novo modelo (mais futurístico do que nunca), Ana destaca:
“No escritório anterior cada colaborador tinha seu próprio assento. Nós brincávamos que cada um deles tinha seu “altar” aqui. No entanto, era um ambiente que não promovia integração, colaboração, como o Cabral mesmo destacou. Neste novo conceito nosso intuito foi trazer o que de fato está no nosso DNA. Hoje a Ecogen quer se mostrar uma empresa pautada em inovação. Aqui, os colaboradores podem entender como está a dinâmica do mercado, podem criar, trazer novas soluções para mitigar a dor dos nossos clientes, por meio da aplicação de metodologias ágeis e cocriação”.
Ela explica que eles precisavam de um ambiente que refletisse esse propósito, daí todas as escolhas estrategicamente realizadas.
“Pensamos em tudo! Trouxemos um mobiliário propício a isso. O colaborador só é convidado a vir ao escritório quando ele precisa se inspirar, quando precisa ter uma reunião em equipe, para a geração contínua de ideias. Esse ambiente estimula o ajuntamento de ideias, a colaboração, o relacionamento e integração das pessoas”, conta com entusiasmo.
Fernando Didziakas quis saber como os gestores e colaboradores percebem essas diferenças na rotina de trabalho. Mais uma vez, Ana dá destaque ao capital humano como prioridade.
“Pessoas sempre foi um de nossos princípios, o alicerce do nosso negócio. Estimular a criatividade torna naturalmente mais humana nossa relação de trabalho. Outra coisa que pensamos também com todo carinho foi a questão da biofilia. Já existem estudos que apontam o quanto o verde e o contato com a natureza traz bem-estar e felicidade para o dia a dias das pessoas, mesmo em ambientes fechados”.

Ana Paula Keller Lekitsch (Head de Marketing) compartilhou sobre as inovações trazidas ao novo escritório. (Foto: Buildings)
O novo escritório foi criterioso em todos os aspectos de sua criação
O mobiliário, feito sob medida, não deixou de lado a questão ergonômica.
“Esse foi um dos principais desafios que enfrentamos. Já tínhamos os móveis formais, com mesas e cadeiras padronizadas. Agora, todo o mobiliário foi feito dentro das normas da ABNT, com mesas que respeitam ajustes de altura, rodízios, cadeiras com inclinação, ajuste de braço. Mesmo o modelo de cadeira em formato bistrô foi pensada de forma que a ergonomia e a autonomia dos usuários fossem respeitadas. Justamente por ser um ambiente disruptivo, isso não poderia ser deixado de lado. A saúde dos colaboradores sempre esteve no radar”.
Sobre a transição do modelo tradicional para o híbrido, Ana conta que a Ecogen virou a chave de forma muito rápida.
“Não tínhamos o modelo home office antes, mas a pandemia veio para acelerar isso e outras mudanças. Quando tomamos essa decisão, entendemos que seria necessário que essa política de home office fosse implementada. O colaborador pode decidir como é mais interessante para ele. Não determinamos um dia específico para ele vir ao escritório. Queremos trabalhar com a cultura da liberdade, da autonomia, da confiança em nossas equipes. Além disso, temos fornecido uma série de ferramentas para ele desenvolver o trabalho em casa também”.
A Head demonstra euforia ao destacar que o grande feeling dessa mudança toda foi no interesse em diminuir a distância entre a diretoria e suas equipes.
“Tudo aqui agora contribui para essa aproximação. A comunicação visual também ajuda neste processo. Algumas dessas artes nas paredes ratificam lendas que dialogam com a cultura do Japão. Existe uma área de descompressão, dispomos de espaços integrados e, como podem ver, temos poucas paredes entre as áreas e equipes. Tudo isso foi pensado para diminuir a distância hierárquica. Para destacar a conexão entre as pessoas que sempre existiu na Ecogen”.
Antes de encerrar, Ana dá destaque ao trabalho que entrega aos seus clientes:
“Colocamos como elementos duas cápsulas de inovação, que permitem ao novo colaborador, parceiro ou cliente, visualizar as nossas plantas e as soluções nelas implementadas. Queremos ratificar cada vez mais o nosso propósito: entregar valor para o cliente, por meio de excelência, inovação e, principalmente, pessoas”, finaliza.
O que esperar dos novos escritórios?
Muitas empresas arão por readequações em relação ao distanciamento controlado, salas de reuniões menores e ampliação dos espaços abertos, mobiliário de fácil higienização, flexibilização de horários para seus colaboradores (algumas vezes por escala de dias e horários), ambientes híbridos e biofilia.
A tendência daqui para a frente é que existam mais escritórios que sigam estes moldes adotados pela Ecogen. Claro que cada empresa tem suas peculiaridades e necessidades específicas e elas darão o tom dessas mudanças. Seja como for, este novo escritório do futuro é, sem dúvida, uma ideia inovadora e criativa para se pegar carona. Você não acha?
Para conhecer mais sobre a Ecogen, e o site: www.ecogenbrasil.com.br
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