Chucri Zaidan e Paulista impulsionam mercado de escritórios de São Paulo no 1T de 2025
O mercado imobiliário corporativo de São Paulo continua demonstrando vigor no primeiro trimestre de 2025. Nesse sentido, a Chucri Zaidan e a Paulista se destacam no universo Corporate Classe A e A+.
Dados apurados pelo Buildings CRE Tool revelam uma absorção líquida positiva de escritórios Corporate Classe A e A+ em praticamente todas as regiões de São Paulo, que tem sido uma constante desde o segundo trimestre de 2023. Com isso, já acumula mais de 600 mil m² no período.
Entre os destaques regionais, a Chucri Zaidan, o centro corporativo mais novo da cidade, roubou a cena ao registrar 27,8 mil m² de absorção líquida positiva. Trata-se de um crescimento significativo na ocupação da região, a qual acumula sete trimestres consecutivos de resultados positivos, totalizando 146 mil m².
Já a região da Paulista atingiu uma absorção líquida de 10 mil m² em edifícios corporativos Classe A e A+, dando continuidade a uma sequência de seis trimestres positivos, com um resultado acumulado de 75 mil m².
Por outro lado, o Tatuapé/Carrão, região descentralizada, também apresentou bons resultados. Eles vieram impulsionados pela entrega do Magna Corporate Itapura, um empreendimento totalmente ocupado com 9 mil m² de área locável.
A Chácara Santo Antônio e a Na Nova Faria Lima também se destacaram no período.
Para saber mais sobre os destaques de cada região, e conteúdo exclusivo na Revista Buildings.
Escritórios de São Paulo têm menor taxa de vacância desde 2021, segundo Buildings
No dinâmico cenário do mercado imobiliário corporativo, o primeiro trimestre de 2025 evidencia o fortalecimento do setor de escritórios em São Paulo.
Nesse sentido, a cidade paulistana apresentou a menor taxa de vacância de imóveis de perfil Classe A, bem como recebeu dois novos empreendimentos.
Segundo dados disponíveis na plataforma Buildings CRE Tool, o estoque de prédios corporativos disponíveis para locação atingiu 12,301 milhões de metros quadrados (Corporate, todas as classes).
Esse número aponta uma redução em relação ao último trimestre de 2024, apesar da adição de (apenas) 15,5 mil metros quadrados de novo estoque.
Durante este período, a cidade recebeu dois novos empreendimentos de perfil Classe A. São eles: o Magna Corporate Itapura, com 9 mil m² na região do Tatuapé/Carrão, e o Seisa Lux Pinheiros, com 6,5 mil m² em Pinheiros.
Já a absorção líquida de escritórios somou 69 mil metros quadrados no trimestre, ainda que inferior aos 112 mil metros quadrados do trimestre anterior.
Quer conhecer os principais destaques do fechamento de escritórios de São Paulo? Leia conteúdo exclusivo na Revista Buildings.
Rio apresenta menor taxa de vacância de escritórios desde 2015
Após anos de incertezas, o mercado de escritórios corporativos de alto padrão no Rio de Janeiro demonstra sinais de retomada.
Uma análise recente do Buildings CRE Tool revela um panorama (mais) animador. Isso se configura por uma taxa de vacância inferior a 30% no primeiro trimestre do ano., patamar não visto desde 2015.
Além disso, a consistente absorção líquida positiva (a diferença entre locações e devoluções de escritórios), já se estende por cinco trimestres consecutivos.
Para se ter ideia, na somatória dos últimos cinco trimestres, o resultado positivo de absorção ultraa 105 mil m² (Classes A e A+).
De igual maneira, o setor também se destacou pelo aumento médio de preço pedido de locação, que saiu de R$ 73,95 (4T/2024) para R$ 76,72 (1T/2025).
Esse movimento indica uma demanda por espaços de qualidade que tem sido crescente, impulsionada por empresas que buscam ambientes modernos e bem localizados para suas operações.
Para conhecer todos os indicadores do setor, e a Revista Buildings.
Fundos Imobiliários oferecem oportunidades e desafios em meio ao descomo do mercado
O fundo imobiliário Patria VBI Prime Properties (PVBI11) recentemente vendeu parte de seus ativos no Vila Olímpia Corporate, gerando um lucro impressionante de 36% sobre o investimento inicial.
A negociação de duas lajes rendeu R$ 20 milhões ao Fundo. Foram mais de R$ 5 milhões acima do preço de compra e um retorno líquido equivalente a 10,61% ao ano com a operação.
O fundo distribuiu o lucro entre os cotistas e usou o restante para adquirir novos imóveis. E não foi só o fundo do Patria. Várias gestoras têm feito operações semelhantes, como forma de aproveitar um mercado aquecido, destravar o ganho de capital dos imóveis, distribuir mais lucro aos cotistas e girar o portfólio.
Esta e outras transações, como a do Guardian Real Estate (GARE11) com o complexo logístico BRF Visa, ilustram um mercado imobiliário aquecido, apesar de as cotas dos fundos estarem desvalorizadas na bolsa.
Atualmente, as cotas do PVBI11 e do GARE11 são negociadas com descontos entre 17% e 28%, refletindo um descomo entre o valor dos imóveis no mercado físico e suas representações no mercado financeiro.
O contexto atual de alta da Selic, fixada em 14,25% ao ano, estimula o fluxo de investimentos para a renda fixa, pressionando os FIIs que oferecem rendimentos menores em comparação.
Segmentos como lajes corporativas enfrentam desafios devido ao trabalho híbrido, mantendo preços das cotas 35% abaixo do valor patrimonial, mesmo que o metro quadrado continue em alta.
Marcos Baroni da Suno lembra que descontos não são tudo; é vital considerar fatores como a localização dos imóveis e a estrutura de capital dos fundos.
Em resumo, o cenário atual oferece potenciais ganhos de capital, mas exige uma análise cuidadosa dos investimentos em FIIs frente à complexidade do mercado.
“Hotelização” transforma prédios de escritórios no Brasil
Nos Estados Unidos, prédios de escritórios estão se reinventando com a “hotelização”, um movimento que ganha força com amenities como creches, lavanderias, lavagem de carros, mercados orgânicos, cuidados com pets e eventos gastronômicos.
No Brasil, projetos corporativos também começam a seguir essa tendência. Embora até agora as iniciativas tenham sido pontuais, observamos um aumento significativo em ativações voltadas para a experiência do inquilino, especialmente em regiões como Faria Lima e Chácara Santo Antônio.
A presença de equipes especializadas permite uma execução mais consistente e estratégica, refletindo as necessidades dos usuários.
Essa estrutura é essencial para proporcionar um engajamento maior e valorização dos ativos.
À medida que mais empreendimentos adotam essas práticas, espera-se uma elevação no nível de serviços oferecidos, garantindo que os espaços se mantenham competitivos e relevantes em um mercado cada vez mais disputado.
“hotelização” promete ser uma tendência forte, elevando o setor corporativo brasileiro a novos patamares de inovação e atratividade.
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