Confira as últimas notícias do mercado imobiliário corporativo de São Paulo e outras regiões, abrangendo o período de 14 a 21 de março de 2025. Além disso, explore artigos e conteúdos relacionados que trazem insights valiosos sobre o setor. Para não perder nenhuma novidade, inscreva-se no canal da Buildings no YouTube clicando aqui.
Região Sul: 6 novos shoppings estão previstos para inaugurar em dois anos
O setor de shopping centers no Brasil continua a mostrar sinais de crescimento robusto em 2025. Para se ter ideia, segundo dados da Buildings, 25 novos shoppings estão previstos para inaugurar em 2025. Além disso, existem mais 9 previstos para 2026 em todo o Brasil.
Esse montante a ser entregue – entre 2025 e 2026 – representa 725 mil m² de área em construção no país. Leia mais aqui: 35 novos shoppings vão aquecer a economia do Brasil em 2025 e 2026
Curitiba, por exemplo, acaba de ganhar um novo centro comercial, o Quadrata Cabral Mall, que iniciou suas operações de teste na última quarta-feira, 12 de março. Localizado na Avenida Bento Munhoz da Rocha, no valorizado bairro do Cabral, o mall segue o estilo strip mall, com lojas a céu aberto e alinhadas.
O espaço oficial será inaugurado em 24 de março e conta com 40 lojas, tendo a rede Festival como a principal âncora.
Dados da Buildings apontam que a região Sul possui 113 shoppings em atividade, sendo o Paraná responsável pela maior fatia: 45 imóveis no total. O Rio Grande do Sul vem em seguida, com 43 imóveis e Santa Catarina detém 25 shoppings prontos para ocupação.
A Buildings também registra 3 novos shoppings em construção na região Sul – 2 em Curitiba e 1 em Porto Alegre – com data de entrega prevista para o primeiro semestre.
Por fim, entre os shoppings inaugurados na região Sul em 2024, o segmento de Alimentação liderou o ranking com 23%. Ele vem seguido de Vestuário, com 18% e Conveniência/Serviços com 14%. Para saber mais, e a Revista Buildings.
Notícias do mercado imobiliário: Zagros propõe aquisição do Fundo RELG11 com estratégia de cotas para expansão do portfólio
A gestora de ativos imobiliários Zagros está recorrendo a uma estratégia conhecida ao tentar adquirir os quatro empreendimentos do fundo de logística REC Logística (RELG11).
A Zagros propôs adquirir os galpões por R$ 135 milhões, mas o pagamento seria em cotas de uma nova emissão do fundo comprador que seriam entregues aos cotistas do REC Logística.
Essa oferta avalia-se inferior ao patrimônio líquido do RELG11, de R$ 148,8 milhões, mas acima do preço de mercado, que avalia o fundo em R$ 79,9 milhões.
Segundo o CEO da Zagros, Pedro van den Berg, a transação oferece um prêmio aos cotistas do RELG11 e deixa potencial de valorização futuro. Usar cotas como moeda de troca tem sido uma alternativa no mercado devido aos juros altos que dificultam captações.
Com duas aquisições em seu histórico, o patrimônio do GGR Covepi Renda, carro-chefe da Zagros, cresceu para R$ 1,38 bilhão, figurando entre os dez maiores do mercado. A possível incorporação dos ativos do REC Logística aumentaria seu portfólio para cerca de R$ 1,5 bilhão, aproximando-se da meta dos R$ 2 bilhões, dentro dos cinco maiores do setor.
Os ativos do RELG11 incluem dois imóveis em Minas Gerais, um em Cotia (SP), ambos 100% ocupados, e um no Rio de Janeiro, com 87,7% de ocupação.
Notícias do mercado imobiliário: Depois da Shopee, Temu pode abrir centro de distribuição no Cariri
Informação divulgada pelo novo diretor do Distrito Industrial da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) no Cariri, Diogo Machado, aponta que um centro de distribuição (CD) da plataforma de e-commerce chinesa Temu pode ser instalado em Juazeiro do Norte nos próximos meses.
Segundo Machado, as tratativas com a empresa chinesa já foram iniciadas. “O centro de distribuição está sendo fomentado através dessas grandes empresas, como Shopee e Mercado Livre, e outras que poderão vir, como a Temu, além de alguns outros serviços que também podem ser oferecidos aqui na região”, disse em entrevista.
Terceira maior plataforma de serviços digitais da China, a Temu entrou no mercado brasileiro em junho do ano ado, após a Receita Federal autorizar a gigante chinesa a operar dentro do programa Remessa Conforme.
No Brasil, ela compete com outras gigantes, como Amazon, Alibaba, Shein e Shopee.
Em fevereiro, o governador Elmano de Freitas (PT) anunciou que a Shopee também negocia a instalação de um CD no Cariri. A expectativa é que sejam criados cerca de 900 empregos diretos, além de postos de trabalho indiretos.
“O Cariri é o centro do Nordeste, tem um posicionamento geográfico que precisamos aproveitar ao máximo”, afirmou.
Vendas nos shoppings sobem mesmo com visitas abaixo do nível pré-pandemia
Cinco anos após o auge da pandemia, os shopping centers ainda não recuperaram totalmente o fluxo de visitantes dos tempos pré-crise.
Em 2019, o número de visitantes era de 502 milhões por mês, caindo para 341 milhões em 2020. Desde então, houve uma recuperação lenta, chegando a 476 milhões em 2024, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e a Brain Inteligência Estratégica.
Esse número ainda é 5,2% inferior ao registrado antes da pandemia, apesar de um aumento de 8,3% na área total de shoppings no país, de 16,7 milhões para 18,1 milhões de metros quadrados.
Nesse sentido, Fábio Tadeu de Araújo, presidente da Brain, destacou durante um debate que a mudança nos hábitos de lazer é uma das razões para a não recuperação plena das visitas. As pessoas parecem preferir ar mais tempo em casa, um comportamento semelhante ao observado nos Estados Unidos, onde o tempo médio de lazer em casa dobrou após a pandemia.
Apesar do fluxo ainda contido, as vendas nos shoppings registraram crescimento. Em 2019, o setor movimentou R$ 192,8 bilhões, caiu para R$ 129 bilhões em 2020, mas recuperou-se em 2024, atingindo R$ 198,4 bilhões.
Allos registra queda no lucro, mas impulsiona receitas e vendas no 4º trimestre
No quarto trimestre, a Allos reportou um lucro de R$ 217,3 milhões, uma queda de 8,4% em comparação ao ano anterior. Ajustando-se para aluguel linear, o lucro foi de R$ 168,5 milhões, refletindo uma diminuição de 9,1%.
Entretanto, as receitas da operadora de shoppings cresceram 8,6%, totalizando R$ 824,9 milhões, devido a um desempenho operacional robusto. As vendas nos shoppings alcançaram R$ 12,5 bilhões, também uma alta de 8,6%.
O Ebitda ajustado foi de R$ 638,5 milhões, um aumento de 12,4%, com a margem Ebitda subindo para 77,4%. O fluxo de caixa operacional (FFO) cresceu significativamente, atingindo R$ 467,7 milhões, um aumento de 23%.
Daniella Guanabara, CFO da Allos, destacou o sucesso do trabalho pós-fusão da Aliansce Sonae com a BR Malls. Além disso, mencionou que R$ 2,5 bilhões de desinvestimentos melhoraram o portfólio.
Para 2025, a Allos projeta um Ebitda ajustado entre R$ 2,07 e R$ 2,15 bilhões, indicando um aumento de 8%, e planeja investir entre R$ 450 e R$ 550 milhões, mantendo o nível do último ano. Além disso, a empresa reafirmou seu compromisso com os acionistas, retornando R$ 1,8 bilhão em dividendos e recompra.
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