Confira as últimas atualizações do mercado imobiliário corporativo de São Paulo e outras regiões, abrangendo o período de 11 de outubro a 17 de outubro de 2024. Além disso, explore artigos e conteúdos relacionados que trazem insights valiosos sobre o setor. Para não perder nenhuma novidade, inscreva-se no canal da Buildings no YouTube clicando aqui.
Mercado de escritórios do RJ alcança absorção líquida positiva superior a 50 mil m² no 3º trimestre de 2024
O mercado de escritórios da cidade do Rio de Janeiro avançou no terceiro trimestre de 2024, demonstrando crescimento em alguns índices importantes do setor.
O mercado de edifícios corporativos no Rio de Janeiro corresponde a 5,5 milhões de m², além de 3,5 milhões de m² em escritórios Office (prédios de salinhas), de todas as classes, totalizando 9,1 milhões de m² de espaços de escritórios na cidade.
Entre os indicadores de destaque do trimestre, aparece novamente a absorção líquida positiva. Ela registrou um aumento significativo em comparação ao trimestre anterior.
Nesse sentido, no universo Corporate (todas as classes), o volume de absorção líquida mudou de 13.944 m² no segundo trimestre, atingindo agora 24.745 m². Isso representa um aumento de 43,64% na comparação entre os trimestres.
Contudo, mais notável ainda foi o segmento de escritórios Classe A+/A com uma absorção líquida de 53.970 m².
Este valor representa um aumento expressivo de 684% em relação ao trimestre anterior.
Além disso, é relevante mencionar que este indicador apresenta resultados positivos há três trimestres consecutivos no universo Classe A, reforçando a robustez do segmento.
Para conhecer todos os indicadores do trimestre, leia conteúdo exclusivo na Revista Buildings.
Pátria Prime Offices anuncia venda de imóveis por R$ 618 milhões
O fundo imobiliário Pátria Prime Offices (HGPO11) anunciou um acordo para a venda de dois ativos de seu portfólio por um valor total de R$ 618 milhões. A transação, aprovada pelos cotistas, envolve o Edifício Metropolitan, avaliado em R$ 486,7 milhões, e o Edifício Platinum, por R$ 131,5 milhões.
Entretanto, a conclusão da venda está sujeita a condições precedentes negociadas com o comprador. O fundo informou que os detalhes sobre a distribuição de rendimentos e amortização de cotas serão divulgados após a finalização do negócio.
Enquanto isso, o mercado de fundos imobiliários mostrou sinais positivos. O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) registrou um aumento de 0,17% na última terça-feira (15), atingindo 3.233,72 pontos.
Entre os destaques, o REC Recebíveis Imobiliários (RECR11) liderou as altas com um avanço de 2,25%, seguido pelo Kinea Hedge Fund (KNHF11) com 1,88% e o Bresco Logística (BRCO11) com 1,56%.
Por outro lado, o Kilima Fundo de Investimento (KISU11) liderou as quedas com uma desvalorização de 4,45%, seguido pelo Riza Arctium Real Estate (RZAT11) com -3,97% e o BTG Pactual Shoppings (BPML11) com -3,67%.
Esta movimentação no mercado reflete a dinâmica atual do setor imobiliário, com investidores atentos às oportunidades e riscos em um cenário econômico ainda desafiador.
Rio Bravo expande portfólio: FII Varejo adquire R$ 367,6 milhões em imóveis educacionais
A gestora Rio Bravo anunciou uma significativa movimentação interna em seus fundos de investimento imobiliário (FII). O FII Rio Bravo Varejo (RBVA11) concluiu a aquisição de sete imóveis do FII Rio Bravo Educacional (RBED11), numa transação avaliada em R$ 367,6 milhões.
Esta aquisição marca uma expansão estratégica para o RBVA11, que agora adentra o setor educacional, diversificando seu portfólio. A gestora projeta um impacto positivo no resultado recorrente do fundo, estimando um acréscimo de R$ 0,04 por cota mensalmente.
Um ponto destacado no comunicado é que o RBVA11 já começará a receber integralmente as receitas de aluguéis desses novos ativos. A taxa de capitalização da operação, que reflete o retorno médio do capital investido nos imóveis, foi estabelecida em 12% ao ano.
A Rio Bravo enfatizou a importância desta aquisição para fortalecer a parcela de resultado recorrente nas distribuições de rendimentos do Fundo, visando a sustentabilidade dos resultados a longo prazo.
O mercado reagiu positivamente à notícia. Ainda na terça-feira (15), as cotas do RBVA11 registravam uma valorização de 0,59%, sendo negociadas a R$ 101,91. No mesmo período, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) apresentava um aumento de 0,18%, atingindo 3.234 pontos.
Na Amazon, temor com perda de cultura motivou a volta integral ao escritório
A decisão controversa da Amazon de trazer os funcionários corporativos de volta ao escritório em tempo integral reflete as preocupações dos executivos de que os novos funcionários não entendem a cultura considerada única da gigante de tecnologia.
No mês ado, o CEO Andy Jassy surpreendeu os funcionários com um memorando sobre a volta ao escritório cinco dias por semana a partir de janeiro de 2025. Atualmente, a Amazon permite que muitos trabalhem de casa dois dias por semana.
O decreto de retorno compulsório ao escritório surpreendeu muitos dos mais de 350 mil funcionários corporativos da empresa e reacendeu um debate acalorado na indústria de tecnologia sobre benefícios dos colaboradores e o valor do trabalho presencial.
Jassy mencionou a palavra “cultura” uma dúzia de vezes em seu memorando. “Manter sua cultura forte não é um direito adquirido”, escreveu ele. “Você tem que trabalhar nisso o tempo todo.”
Ciente de que o novo cronograma de trabalho seria controverso, os líderes aram semanas ponderando os prós e contras.
A Amazon, que se vê como uma coleção de equipes que operam como startups, reconhece há muito tempo que sua cultura pode parecer peculiar para pessoas de fora.
Sobre a cultura empresarial
Funcionários que apresentam novas ideias são incentivados a escrever memorandos detalhados e evitar apresentações em slides. Há uma forte preferência por análises rigorosas de dados e tendências, e bastante tolerância para debates francos e acalorados.
Espera-se que as pessoas trabalhem muito, com inteligência e eficiência, como o fundador Jeff Bezos dizia aos primeiros funcionários da empresa. Prazos agressivos são comuns, assim como sessões de trabalho tarde da noite para muitos profissionais.
“A cultura é uma parte muito importante de como realizamos o trabalho e como mantivemos a inovação e o ritmo do que fazemos nos últimos 25 anos”, disse Matt Garman, chefe da Amazon Web Services (AWS), quando questionado sobre os planos de retorno ao escritório da empresa.
Retomada das lajes corporativas vai além do eixo Faria Lima
Renato Almeida, head de corporate offices da consultoria americana Cushman & Wakefield, costuma comparar o mercado imobiliário com uma locomotiva. De fato, quando a crise bate, ele demora para frear. E quando a economia volta, sua retomada é mais devagar.
A boa notícia, entretanto, é que, após um 2023 desafiador, um espaço em particular do setor está voltando aos trilhos: as lajes corporativas de alto padrão.
E, no caso de São Paulo, essa recuperação já não está mais concentrada apenas no eixo dos escritórios da Faria Lima, do Itaim Bibi e adjacências.
Esse é, portanto, o retrato de uma nova pesquisa da Cushman & Wakefield, que traz dados de escritórios corporativos na capital paulista relativos ao terceiro trimestre.
“Há um movimento agora que nós chamamos de flight to price”, afirma Almeida. “Ou seja, de empresas que estão buscando uma qualidade de ocupação de um prédio classe A+, mas com uma redução significativa no valor de locação.”
Análise por regiões
Alguns números do segundo trimestre dão uma medida dessa movimentação de metros quadrados. No período, o mercado de escritórios classe A e A+ de São Paulo registrou a maior absorção líquida – o saldo entre locações e devoluções – do ano, de 44.584 metros quadrados.
A avenida Rebouças, com 8.792 metros quadrados, e a Faria Lima, próxima dali, com 7.720, ficaram com o primeiro e o terceiro lugar nesse pódio, respectivamente. Na segunda posição, porém, veio a região da avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, com 8.129 metros quadrados.
Em um segundo pelotão, além da avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim, e da Marginal Pinheiros, um ponto que, até pouco tempo, estava fora da curva de reaquecimento e que se destacou no período foi a região da avenida Chucri Zaidan, na zona sul de São Paulo, com 6.865 metros quadrados de absorção líquida.
Já no que diz respeito à absorção bruta – o volume de locações -, quem ficou na dianteira foi a região da Chucri Zaidan, com 9.639 metros quadrados no período. Seguida pela av. Rebouças, com 8.792 metros quadrados, e av. Juscelino Kubistchek, com 8.386 metros quadrados.
“Há uma queda de braço nas renegociações de contrato, especialmente na Faria Lima, na Vila Olímpia, na região da Rebouças e em Pinheiros”, diz Almeida. “Os proprietários nesses locais estão testando o mercado e pedindo valores próximos de R$ 300 até R$ 330 o metro quadrado.”
Os dados mostram ainda que o mercado de lajes corporativas de São Paulo registrou uma vacância de 18,20% no trimestre, uma queda de 5,37 pontos percentuais sobre igual período de 2023 e o menor nível desde o início de 2020.
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