Mixed Use

A colaboração da hotelaria para os espaços comerciais.

Por Paulo Mancio*

A AccorHotels é líder mundial em hospedagem São mais de mais de 4.100 hotéis, resorts e residências, bem como em mais de 3.000 das melhores casas particulares em todo o mundo, aplicando sua ampla experiência como investidor e operador. Por meio de suas divisões HotelServices e HotelInvest, a AccorHotels está presente em 95 países. Toda essa visão acaba por nos colocar em uma posição de pioneirismo e, atualmente, um tema têm sido pauta no nosso dia a dia: o uso misto.

Apenas na América Latina trazemos em nosso pipeline para os próximos cinco anos, 192 novos hotéis. De olho nas novas tendências, muitos desses novos empreendimentos trazem em sua concepção o que chamamos de mixed use, uma forte tendência de mercado. Ao implantarmos nossas diversas bandeiras em conjunto com complexos comerciais, oferecemos uma melhor localização, otimização de custos e uma considerável economia de tempo para os nossos hóspedes.

Somente na Grande São Paulo, temos vários empreendimentos nesta modalidade, a exemplo do LED Barra Funda, que conta com um Ibis Styles, torres comerciais e um mall. Temos, também, o complexo Praça São Paulo, que traz um mixed de um Novotel com construções residenciais e comerciais. Já o Adagio Barra Funda compartilha na mesma torre um hotel e um conjunto comercial.

Mas trata-se de uma prática que está se tornando cada vez mais comum e não aplica somente às capitais. Temos empreendimentos em cidades secundarias que também já nasceram com esse conceito, como é o exemplo dos nossos hotéis de Barbacena, Manhuaçu e Três Rios, em MG. Neste último caso, o hotel traz uma torre comercial e uma agência bancária no térreo.

Novas possibilidades

Essa tendência de compartilhamento nos inspirou, inclusive, a implementar o mixed use para os hotéis já em operação, como é o caso do nosso piloto Ibis Sorocaba, que conta com um espaço de coworking. A ideia é trazer as pessoas para dentro dos nossos hotéis. Com isso, ampliamos nossa receita, pois as pessoas que vêm trabalhar acabam consumindo e movimentando o hotel também durante o dia. Estamos expandindo esse conceito também para os apartamentos. Existe um estudo de trabalhar com layouts flexíveis que possibilitam a venda durante o dia para profissionais liberais.

Estamos trabalhando fortemente em conversões. Hoje, esse mercado representa uma boa fatia do pipeline e estamos estudando algumas conversões de prédios comerciais em regiões estratégicas. Muitas vezes, esses prédios estão ociosos devido ao momento político que o País está vivendo, e transformá-los em hotéis pode ser uma boa saída para os incorporadores.

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