Dados do 1T de 2023 e comparativos de outros trimestres apontam que o setor segue aquecido.
O setor logístico no Brasil teve um grande desempenho durante a pandemia de Covid-19. Prova disso é que, nos dois primeiros anos da crise sanitária, o mercado ganhou o acréscimo de quase 5 milhões de m² de novos galpões. O e-commerce brasileiro viveu um momento de grande expansão e nunca esteve tão aquecido.
Exatamente por isso, a 11ª edição do Buildings Exclusive, realizada no dia 01/06, em São Paulo, deu enorme destaque ao setor durante a apresentação dos dados.
A 11ª edição do Buildings Exclusive aconteceu no Edifício O Parque, que faz parte do portfólio da Brookfield Properties. De casa cheia, essa edição reuniu mais de 320 executivos do mercado imobiliário. Para saber mais, leia aqui: 11ª edição do Buildings Exclusive reúne clientes e players do setor imobiliário em São Paulo
Na apresentação dos dados, Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, apontou os bons resultados de absorções líquidas que chegaram na casa de 1 milhão de m² em alguns trimestres. Embora o setor tenha desacelerado seu crescimento no 4T de 2022, continua com boas perspectivas.
Observe o quadro abaixo:
O setor logístico e industrial está caminhando para 1 mil condomínios: atualmente são 929. Além disso, ainda tem mais de 4,6 milhões de m² de atividade construtiva no 1T de 2023. E mais 20,7 milhões de m² em projeto.
Ao mesmo tempo em que o preço médio pedido subiu para R$ 23,00, a taxa de vacância caiu para 10,6%. Era 11,05% no 4T de 2022.
Já a absorção líquida, conforme dados CRE Tool, saiu de 356 mil m² no 4T de 2022 para 442 mil m² no 1T de 2023 (todas as classes).
Destaque para o raio 30 km de São Paulo
Como todos sabem, quanto mais perto da capital paulista, mais caros e procurados são os galpões logísticos. Isso acontece justamente pelo tempo de entrega do produto, um ativo valorizado pelos consumidores. Não à toa, no radar das empresas.
No raio de 30 km de São Paulo existem 166 condomínios logísticos, o que representa 6,5 milhões m² entregues. A taxa de vacância atual é de 8,0%. Destes, 73 condomínios são de perfil Classe A, o que representa 4,5 milhões m² entregues; já a taxa de vacância é de 9,4%.
Destes 73 condomínios, 26 imóveis, ou seja, 35%, possuem vacância.
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Velocidade de ocupação
Um questionamento que norteou a discussão foi sobre a velocidade de ocupação nas demais regiões. Em relação ao tempo em que o novo estoque precisará para ser absorvido pelo mercado.
De acordo com análise, o Brasil aponta que a velocidade de ocupação tem algumas características. São elas:
- 71 condomínios Classe A no Brasil tiveram novo estoque no último ano;
- Depois de um ano, 32 condomínios já estão 100% locados;
- Dos 35 condomínios que sobraram, 52% das áreas já estão ocupadas;
- 4 condomínios perderam ocupação nesse período.
- Dos 487 condomínios Classe A no Brasil, apenas 1 está 100% vago há mais de 4 trimestres e outro está 100% vago há exatos 4 trimestres; este último ainda tem tempo de não entrar na estatística anual.
- Dos 487 condomínios Classe A no Brasil, apenas 20 possuem vacância e não tiveram absorção bruta no último ano;
No raio 30 km de São Paulo, 70% das vacâncias são de até um ano. Olhando os 8 condomínios que possuem vacância há mais de um ano, observa-se:
- A taxa de vacância no 1T de 2021 era de 22%. No 1T de 2023, reduziu para 11%.
- Em contrapartida, o preço médio pedido no 1T de 2021 era R$ 21,00. No 1T de 2023, o preço subiu para R$ 26,00.
Para saber dos dados e análises apresentados na 11ª edição do Buildings Exclusive, e aqui.
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