Com o fechamento dos dados do 1º trimestre de 2021, a cidade de São Paulo segue novamente com retração na ocupação de escritórios de alto padrão.
Apesar das perspectivas serem melhores neste início de ano, não se pode negar que o impacto trazido pela pandemia ao mercado de escritórios classe A em São Paulo e Rio de Janeiro, ainda segue preocupante.
Os dois maiores centros comerciais do Brasil continuam apresentando absorção líquida negativa. Os números para este 1Tri de 2021 já podem ser observados com mais clareza a partir dos dados coletados pela Buildings neste fechamento de trimestre. Vamos a eles?
Mercado classe A em São Paulo
Os dados do fechamento do 1º trimestre de 2021 mostram um novo registro negativo na absorção líquida. Esse índice determina o quanto o mercado cresceu ou diminuiu em metros quadrados ocupados de um trimestre a outro.
Olhando apenas para o universo de escritórios de alto padrão (Classe A) em São Paulo, a absorção líquida negativa foi de 39.666 mil m². Desde o 2º Tri de 2020, a capital paulista já registrava uma diminuição na quantidade de espaços ocupados nesse universo. No 2º trimestre a retração foi de -15.175 m², no 3º de -66.227 m² e no 4T de -18.007 m² .
Pela série histórica, de 2005 até 2020, houve pouquíssimos trimestres com absorção líquida negativa e, até a pandemia vivenciada em 2020, nunca havia existido três trimestres recorrentes nesta condição.
Sobre a quantidade de edifícios, do 4º tri de 2020 para o 1 tri de 2021 houve o acréscimo de dois empreendimentos na cidade, totalizando 246.
Neste 1T de 2021 foram reclassificados 3 edifícios de A para B, enquanto 2 novos classe A foram entregues.
Falando sobre o estoque disponível, houve aumento: saímos de 4,072 milhões de m² no 4T2020 para 4,101 milhões de m² neste 1T2021. Esse estoque está relacionado à entrega de duas torres do Parque da Cidade.
Sobre o estoque ocupado, a absorção líquida foi negativa em 82 mil m²: saiu de 3,375 milhões de m² para 3,293 milhões de m².
Sobre o estoque disponível, aumentou de 696 mil m² para 808 mil m².
Como já era previsto, a taxa de vacância teve um pequeno aumento: de 17,11% para 19,71%.
Mercado classe A no Rio de Janeiro
Na cidade carioca são 127 edifícios de alto padrão, com estoque total de 1,772 milhão de m².
O estoque ocupado diminuiu de 1.068 milhões de m² para 1.055 milhões de m².
A absorção líquida foi negativa em 13 mil m² do 4T2020 para este 1T2021. No 4T estava negativa em 19,437 mil m².
A atividade construtiva na cidade se manteve a mesma, fato que acaba sendo positivo para não alavancar a taxa de vacância.
O aumento na taxa de vacância foi bem leve: de 39,68% no 4T2020 para 40,43% no 1T2021.
Com o mercado em baixa, qual o valor do m² para imóveis comerciais classe AA ?
Paulo, isso depende da localização, do tamanho, do edifício etc. Você consegue essas e outras informações na plataforma CRE Tool. Para saber mais, e: https://buildings.com.br/. Agradecemos sua participação por aqui. 🙂
Olá! Por favor, vocês irão divulgar essa análise completa, incluindo as demais categorias de escritórios e offices? Acompanhei a última, que foi apresentada em outubro de 2020.
Olá, Catarina. Tudo bem? Temos produzido diversos vídeos sobre as cidades monitoradas pela Buildings (até agora foram sete). Estão no nosso canal no Youtube e também aqui na revista. Vou deixar alguns links para você conferir. Agradecemos sua participação. 🙂
/video-novo-analise-do-mercado-de-escritorios-em-porto-alegre/
/analise-do-mercado-de-escritorios-em-florianopolis/
/analise-do-mercado-de-escritorios-em-recife/
/os-numeros-do-mercado-de-escritorios-de-salvador/
/analise-do-mercado-de-escritorios-em-curitiba/
/conheca-o-mercado-de-escritorios-de-brasilia/
/conheca-o-mercado-de-escritorios-de-belo-horizonte/
Ficamos à disposição!