Os resultados do 3º trimestre de 2024, apurados pela Buildings e já disponíveis para consulta na plataforma CRE Tool, o BigData do mercado de real estate, atestam que os indicadores positivos do setor continuam em alta.
De antemão, o estoque de edifícios corporativos da cidade de São Paulo alcançou 12.163 milhões de m² locáveis (todas as classes), representando aumento de quase 80 mil m² de novo estoque adicionado se comparado ao trimestre anterior.
No 3º trimestre de 2024, o mercado de escritórios de São Paulo no universo Corporate Classe A (de alto padrão), apresentou alguns destaques interessantes.
Entre eles, novamente a absorção líquida positiva, queda na taxa de vacância e aumento do preço médio pedido por locação, entre outros. Saiba mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool.
Vamos aos indicadores e análises?
Ocupação de escritórios é superior a 90 mil m² e taxa de vacância cai
Conforme gráfico abaixo, no universo Corporate Classe A de São Paulo, o resultado de absorção líquida foi novamente positivo, cerca de 10 mil m² maior que no trimestre anterior. Nesse sentido, o resultado apresentado foi de 90 mil m² (3T/2024).
No 2º trimestre foram 80 mil m². Vale destacar, no entanto, que esse indicador está positivo há seis trimestres consecutivos.
Por conseguinte, a taxa de vacância, outro importante indicador, deixou a casa dos 20% (níveis pré-pandemia). Diminuiu para 19,60%, resultado menor que o trimestre anterior.
Quanto ao preço médio pedido de locação, o setor também reagiu. Saiu de R$ 102,18 o m² do trimestre anterior para R$ 107,74 o m², um aumento de 5,5 pontos percentuais.
Também no 3º trimestre, 68 mil m² foram acrescentados ao estoque da cidade de São Paulo (Corporate, Classe A), resultado maior que no trimestre anterior. Em quantidade total de edifícios, São Paulo detém agora 300 empreendimentos de padrão Classe A. Saiba mais na plataforma CRE Tool.
“O mercado de escritórios neste 3º trimestre apresentou números convincentes, tanto no mercado de São Paulo, como no mercado carioca. A absorção líquida acima de 130 mil m² em São Paulo (Corporate, todas as classes) é um número muito acima da média dos últimos anos, reforçando não apenas a força do setor, mas o senso comum entre empresários da importância das operações de volta ao escritório. A tendência para esse setor é seguir crescendo”, analisa Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.
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Novas entregas se destacam na Nova Faria Lima e Paulista no 3º trimestre de 2024
O 3º trimestre também foi marcado pela entrega de novos imóveis comerciais em regiões importantes e cobiçadas da cidade.
O maior empreendimento entregue em metragem quadrada ocorreu justamente na Nova Faria Lima, o coração financeiro da cidade. A região recebeu os imóveis JK Square, com metragem superior a 31 mil m², e o JHA Corporate Boutique com metragem superior a 5,5 mil m², totalizando mais de 35 mil m².
Nesse sentido, vale destacar também que, ao mesmo tempo, a taxa de vacância do trimestre subiu de 7,17% para 9,72%. Contudo, isso não é um dado preocupante. O mercado leva certo tempo para absorver as novas entregas e a Nova Faria Lima segue com preços de aluguel valorizados. Para saber mais sobre a região, leia: Mercado de escritórios na Nova Faria Lima: crescimento sólido e alta demanda
O segundo imóvel em maior metragem entregue foi o Almagah 227, na região do Tatuapé/Carrão: 21.430 m² no total. Com isso, a região saltou de 37 mil m² de estoque total no trimestre ado para mais de 58 mil m² agora.
Além disso, a região ainda apresenta 9 mil m² de atividade construtiva, referente ao edifício Magna Corporate Itapura. O imóvel está previsto para ser entregue ainda em 2024.
Por fim, a Paulista recebeu o imóvel Valente, responsável por quase 10 mil m² de escritórios Classe A adicionados à cidade.
Entre as cinco maiores locações em São Paulo no trimestre (Corporate Classe A+/A), aparecem as empresas:
- Verisure Alarms, com 7.024,53 m²;
- Editora Globo, com 5.855,39 m²;
- Uber, com 4.235,07 m²;
- BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo, com 3.283,48 m²;
- Grupo Rojemac, com 3.079,50 m².
Também entre os highlights interessantes do trimestre, podemos citar a mudança de prédio da Editora Globo – para outro imóvel; além da expansão da Uber no mesmo prédio ocupado. Veja todos os resultados e indicadores na plataforma CRE Tool.
Outros indicadores apresentam resultados melhores do 3º trimestre de 2024
A absorção líquida de escritórios no universo Corporate (todas as classes), também foi positiva e novamente maior que no trimestre anterior: 133 mil m² ante 127 mil m² do 2T/2024.
Além disso, a taxa de vacância se manteve na casa de 18%, como no trimestre anterior, apresentando uma diminuição de 0,55%.
Já o preço médio pedido de locação subiu de R$ 75,95 para R$ 79,55 o m², um aumento de 3,6 pontos percentuais.
Também houve a entrega de novo estoque no universo Corporate (Classes B e C), referentes aos imóveis Brigadeiro Corporate (Paulista), Ibira Work (Moema/Vila Mariana) e Pedroso de Morais 218 (Pinheiros). Na somatória, os três empreendimentos totalizam mais de 11,4 mil m² de área.
Mercado logístico segue expressivo no Brasil
Diversos fatores têm contribuído para o crescimento do setor logístico no Brasil, São Paulo e outras regiões. O comércio eletrônico, por exemplo, e a movimentação das gigantes do e-commerce estão aí para mostrar o quanto o cenário continua promissor.
Nesse sentido, entre os destaques do 3º trimestre de 2024, apontados pela Buildings, destaca-se a adição de quatro novos galpões no Brasil. Além disso, houve aumento do estoque total.
A absorção líquida do trimestre alcançou 725 mil m². Embora menor que no trimestre anterior (877 mil m²), segue expressiva.
O Mercado Livre aparece entre os maiores locadores do período, seguido da Shopee que também absorveu novas áreas. Inúmeras pré-locações também marcaram o trimestre.
Além disso, o novo estoque entregue foi de 380 mil m², menor que no trimestre anterior.
Na mesma esteira, o preço médio pedido de locação subiu. Era R$ 24,44; agora está em R$ 25,05 o m².
Por fim, a taxa de vacância novamente apresentou queda, ficando em 8,15%. Vale destacar que a taxa de vacância caiu justamente porque o novo estoque não foi grande, ficando abaixo da absorção.
Com isso, o volume de novo estoque entregue pequeno, aliado à absorção líquida, colaboraram para a diminuição expressiva da taxa de vacância.
“O mercado logístico brasileiro segue em franca expansão. Enquanto reduz a taxa de vacância para o menor patamar na última década, o aumento no volume da atividade construtiva já é uma resposta dos investidores para manter um mercado próximo do equilíbrio, com a possibilidade de expansão nas principais regiões, com preços muito maiores”, destaca Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.
Já conhece o BigData do Mercado de Real Estate
Os dados prévios apresentados acima foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional; o mercado de real estate de Santiago também faz parte do monitoramento da Buildings desde 2021 (escritórios) e setor logístico chileno (desde 2023).
Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:
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