O setor de escritórios de Belo Horizonte se recupera e tem a menor taxa de vacância para edifícios corporativos.
Como quase todos os setores da economia, o mercado imobiliário corporativo enfrentou desafios em razão da pandemia. Com os escritórios fechados e algumas empresas devolvendo e reduzindo seus espaços físicos, o setor precisou ser resiliente.
ados quase dois anos e meio da crise sanitária, já temos observado resultados positivos do setor. São Paulo teve números de recuperação que se destacaram. A exemplo disso, podemos citar a redução da taxa de vacância e a absorção líquida positiva no fechamento do 2º trimestre de 2022. Para saber mais, leia artigo: A força do mercado de escritórios em São Paulo; dados do 2TRI de 2022
Mas não apenas São Paulo sofreu e se recuperou. Com os resultados do segundo trimestre de 2022, é possível constatar que o mercado de escritórios de Belo Horizonte (MG), apresenta números melhores. A taxa de vacância menor que antes da pandemia é um dos destaques.
Panorama do Universo Corporate de Belo Horizonte
O mercado de escritórios de Belo Horizonte é formado por 292 edifícios corporate, o que representa 1,61 milhão de m².
Os números demonstram que a taxa de vacância está em 14,04% no universo Corporate de Belo Horizonte. Quando olhamos para o 1T de 2022, os números eram de 15,14% Corporate.
Se analisamos desde o início da pandemia – 2T/2020 – o maior índice de taxa de vacância ocorreu no 1T/2021 com 17,28% Corporate.
Os dados apresentados foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate.
Mercado de escritórios de Belo Horizonte
Quanto à absorção líquida (indicador de crescimento ou retração do mercado imobiliário em metragem quadrada ocupada trimestre a trimestre), segue positiva por três trimestres consecutivos.
No 2T/2022 o resultado corresponde a mais de 15 mil m² de novas absorções. No 1T/2022 foram 11 mil m² e no 4T/2021 foram 29 mil m². No 2T/2022 também houve novo estoque entregue, superior a 13 mil m².
Quanto à atividade construtiva, foi menor que no 1T/2022, mas alcançou mais de 14 mil m² (2T/2022).
Já a taxa de vacância é a menor desde o início da pandemia: 14% (2T/2022). No 1T/2022 estava em 15,1%, no 4T/2021 em 15,8%.
Leia também:
– A força do mercado de escritórios em São Paulo; dados do 2TRI de 2022
– Minas Gerais: estoque de galpões logísticos praticamente esgota no 2º trimestre de 2022
Mercado de escritórios de alto padrão de Belo Horizonte
Outro número que ganhou destaque foi a taxa de vacância, a menor desde o início da pandemia: 9,3% (2T/2022). No 1T/2022 estava em 10,4%, no 4T/2021 em 10,3%.
Já a absorção líquida foi positiva no 2T/2022 em quase 5 mil m²: fechou em 4.882,76 mil m².
No 1T/2022 havia sido negativa em 481 m² e no 4T/2021 positiva em pouco mais de 7 mil m². Ou seja, no 2T/2022 a recuperação foi acentuada.
Após seis trimestres consecutivos sem a entrega de novo estoque, no 2T/2022 o mercado de Belo Horizonte teve mais de 13 mil m² entregue (referente à atividade construtiva do 1T/2022). Os dados apresentados foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate.
De acordo com Francine Cabanas, Líder de Novos Negócios da Buildings, esses resultados atestam que o setor de imóveis comerciais em BH já tem demonstrado força e reação:
“Desde que monitoramos o mercado de edifícios de escritórios em Belo Horizonte este é o melhor resultado apurado, principalmente nos edifícios de alto padrão que ditam a tendência para o setor. A pandemia trouxe reflexos na ocupação, mas com os números do 2T de 2022, a cidade demonstra ter superado as dificuldades causadas pela crise”, ressalta.
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