Conteúdo Exclusivo – Por Ellen Costa
Análise do 1º trimestre de 2025 revela resiliência no mercado corporativo paulista, com absorção líquida positiva e menor taxa de vacância.
São Paulo, 07 de abril de 2025 – No dinâmico cenário do mercado imobiliário corporativo, o primeiro trimestre de 2025 evidencia o fortalecimento do setor de escritórios em São Paulo, o maior polo comercial do Brasil. Nesse sentido, a cidade paulistana apresentou a menor taxa de vacância de imóveis de perfil Classe A, bem como recebeu dois novos empreendimentos.
Segundo dados disponíveis na plataforma Buildings CRE Tool, o BigData do mercado de real estate, observa-se a continuidade do crescimento dos principais indicadores. Esse resultado, claro, demonstra resiliência e atratividade deste mercado.
Em primeiro lugar, o estoque de prédios corporativos disponíveis para locação atingiu 12,301 milhões de metros quadrados (Corporate, todas as classes). Esse número aponta uma redução em relação ao último trimestre de 2024, apesar da adição de (apenas) 15,5 mil metros quadrados de novo estoque.
Atualmente, São Paulo conta com 1.638 edifícios comerciais, uma diminuição comparada aos 1.644 do trimestre anterior. Isso ocorreu como reflexo da mudança de uso de alguns imóveis para fins residenciais, hospitalares ou educacionais.
Durante este período, a cidade recebeu dois novos empreendimentos de perfil Classe A. São eles: o Magna Corporate Itapura, com 9 mil m² na região do Tatuapé/Carrão, e o Seisa Lux Pinheiros, com 6,5 mil m² em Pinheiros.
Já a absorção líquida de escritórios somou 69 mil metros quadrados no trimestre, ainda que inferior aos 112 mil metros quadrados do trimestre anterior. Contudo, esse movimento comprova o contínuo crescimento do mercado.
Por conseguinte, o preço médio pedido de locação estabilizou-se em R$ 85,93 por metro quadrado, com uma redução significativa na taxa de vacância de 18,10% para 17,54% (Corporate, todas as classes). Se interessa pelo mercado de escritórios do Rio de Janeiro? Leia aqui: Rio apresenta menor taxa de vacância de escritórios desde 2015
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Classe A: menor taxa de vacância, com absorção líquida de escritórios próximo a 100 mil m²
Especificamente no segmento de escritórios Corporate Classe A (alto padrão), conforme gráfico abaixo, o mercado de escritórios de São Paulo teve mais ocupações que devoluções de espaço.
Nesse sentido, a absorção líquida manteve-se positiva com 93 mil metros quadrados, próximo aos 94 mil metros quadrados do quarto trimestre de 2024. Nos últimos oito trimestres, esse segmento acumulou mais de 600 mil metros quadrados de absorção positiva.
Além disso, o preço médio de locação ajustou-se de R$ 113,01 para R$ 112,92 por metro quadrado. Já a taxa de vacância diminuiu de 19,49% para 17,84%, a menor desde o primeiro trimestre de 2021, segundo a Buildings.
Adicionalmente, há 596 mil metros quadrados em desenvolvimento no segmento Classe A, evidenciando atividade construtiva aquecida.
Entre os empreendimentos previstos para entrega nos próximos trimestres e anos, destacam-se edifícios com significativa área locável: Alto das Nações – Torre Corporativa com 98 mil m², Ester Towers – Torres A e B, ambas com 45 mil m², Cyrela Oscar Freire Corporate com 48 mil m², Biosquare com 39 mil m² e River South com 20 mil m².
Recentemente divulgamos que a gigante americana Amazon será a inquilina do edifício Biosquare, ocupando os 39,2 mil m² ainda em construção em Pinheiros. Saiba mais aqui: Amazon aluga novo escritório no edifício Biosquare em Pinheiros e deixará Complexo JK
Este cenário demonstra um mercado de escritórios continua eficaz na gestão de oferta e demanda, promovendo um ambiente competitivo e sólido para investimentos futuros, conforme detalhado na plataforma CRE Tool.
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