Você deve se lembrar que, num ado recente, o mercado imobiliário corporativo enfrentou sérios dissabores, advindos da crise sanitária.
Contudo, desde o 4T de 2021, ou seja, há exatos 11 trimestres consecutivos, o mercado de escritórios de São Paulo (Corporate, todas as classes) tem demonstrado recuperação em um dos principais indicadores do setor: a absorção líquida.
Nesse sentido, os resultados consolidados do 2T de 2024, apurados pela Buildings e já disponíveis para consulta no CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate, atestam que a recuperação do setor continua em alta.
De antemão, o estoque de edifícios corporativos da cidade de São Paulo alcançou 12.089 milhões de m² locáveis no 2T/2024 (todas as classes), representando aumento de cerca de 54 mil m² de novo estoque se comparado ao trimestre anterior.
Isso totaliza 17.151 milhões de m² em edifícios de escritórios na cidade de São Paulo (todos os perfis e classes).
No 2T de 2024, o mercado de escritórios de São Paulo, no Universo Corporate Classe A (de alto padrão), os mais procurados pelas grandes empresas, apresentou alguns destaques interessantes.
Entre eles, a absorção líquida positiva, que foi duas vezes maior que o trimestre anterior. Também apresentou queda na taxa de vacância e aumento do preço médio pedido por locação.
Vamos aos indicadores e análises?
Ocupação é superior a 80 mil m² e taxa de vacância cai no 2T de 2024
Conforme gráfico abaixo, no Universo Corporate Classe A de São Paulo, o resultado apresentado de absorção líquida positiva, indicador de crescimento ou retração do setor, foi superior a 80 mil m² (2T/2024) ante 33 mil m² do 1T/2024. Ou seja, o mercado segue crescendo.
Em relação à taxa de vacância, outro importante indicador, continua na casa dos 20% (níveis pré-pandemia). Embora 10% seja a porcentagem considerada saudável pelos especialistas do setor, 20,42% foi menor que o trimestre anterior.
Quanto ao preço médio pedido de locação, houve um pequeno aumento. Saiu de R$ 101,88 o m² do trimestre anterior para R$ 102,41 o m².
Como trouxemos no artigo da prévia dos dados, outro destaque positivo foi novamente a região da Chucri Zaidan, responsável pela locação de cerca de 20 mil m² de escritórios no 2T/2024.
Os imóveis responsáveis por esse aquecimento foram EZ Towers, WT Morumbi e Parque da Cidade; este último, o mais novo da região.
“Tivemos um aquecimento extremamente relevante nos dois mercados, escritórios e logístico, se compararmos com o 1 trimestre do ano. Para escritórios, o destaque fica para as absorções na região da Paulista, Berrini e Chucri Zaidan, que por estarem com uma oferta acima da média, registraram grandes absorções”, explicou Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.
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Outros indicadores apresentam resultados melhores do 2T de 2024
No 2T/2024, mais de 50 mil m² foram acrescentados ao estoque da cidade de São Paulo (Corporate, todas as classes). Esse resultado se deve à entrega de seis empreendimentos, em regiões importantes.
Moema/Vila Mariana e Pinheiros foram as duas regiões com maior resultado de novo estoque entregue: 13,5 mil m² e 12,9 mil m², respectivamente. Também houve entrega na região da Paulista e Nova Faria Lima.
Outro indicador que aponta a melhora do setor é a absorção líquida, positiva e novamente maior que no trimestre anterior: mais de 127 mil m² (Corporate, todas as classes) ante 91 mil m² do 1T/2024.
Vale destacar que esse indicador tem apresentado resultado positivo desde o 4T de 2021, ou seja, 11 trimestres consecutivos.
Mercado logístico continua aquecido
Diversos fatores têm contribuído para o crescimento do setor logístico no Brasil, São Paulo e outras regiões. O comércio eletrônico, por exemplo, e a movimentação das gigantes do e-commerce estão aí para mostrar o quanto o cenário continua promissor.
Nesse sentido, os resultados do 2T de 2024 apontam que o mercado logístico brasileiro permanece aquecido. Entre os destaques consolidados do 2T de 2024, apontados pela Buildings, o aumento do estoque é um dado relevante.
Do 1T de 2024 para o 2T de 2024, 12 novos empreendimentos logísticos foram entregues. Com isso, o estoque total aumentou em 716 mil m².
No 1T de 2024, o estoque havia aumentado 528 mil m².
O novo estoque ainda é expressivo no Brasil, embora abaixo da absorção líquida do período. No 2T/2024, a absorção líquida foi positiva em 831 mil m², maior que o trimestre anterior (517 mil m²).
Isso fez com que a taxa de vacância caísse novamente, ficando em 9% (2T de 2024). Ou seja, apesar do aumento do estoque, as empresas têm tido demanda para absorver.
“Já em logística, tivemos uma absorção líquida para condomínios no Brasil acima de 800 mil m², muito próximo dos trimestres de recordes históricos registrados durante a pandemia”, destacou Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.
São Paulo aumenta estoque e reduz taxa de vacância
Dos 12 novos condomínios logísticos entregues no Brasil, cinco foram no estado paulista, totalizando 305 mil m² de novo estoque no 2T de 2024.
São Paulo registrou 538 mil m² de absorção líquida positiva no trimestre, quase três vezes maior que o trimestre anterior. Além disso, reduziu sua taxa de vacância em 1,2 pontos percentuais: saiu de 11,17% para 9,75% agora.
A atividade construtiva no trimestre também apresentou aumento em relação ao anterior: alcançando o resultado de 1,6 milhão de m² em São Paulo, apesar do novo estoque entregue.
Já conhece o BigData do Mercado de Real Estate
Os dados apresentados acima foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional; o mercado de real estate de Santiago também faz parte do monitoramento da Buildings desde 2021 (escritórios) e setor logístico chileno (desde 2023).
Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:
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