Levantamento da Buildings para o jornal Metrópoles apontou que há 17 fundos de shoppings que têm a Americanas como um dos inquilinos. Isso, claro, gera preocupação para os setores e investidores. 1m4o4l
Segundo o jornal, o Brasil tem hoje cerca de 220 fundos imobiliários negociados na Bolsa de Valores. Isso significa que aproximadamente 10% da indústria está exposta, de alguma forma, à crise da Americanas.
Os fundos imobiliários são produtos de investimento que istram dois tipos de ativos: os imóveis físicos, como shoppings, edifícios corporativos ou galpões logísticos; e títulos de crédito do setor, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Como se sabe, esses ativos são remunerados pelo aluguel pago pelos inquilinos que locam os imóveis do fundo; ou pelo rendimento dos papéis de crédito.
Americanas em crise 592138
Como foi noticiado nos últimos dias, a Americanas está à beira de uma recuperação judicial. A renegociação das dívidas é justamente para evitar falência. A dívida apontada é de R$ 40 bilhões.
Na semana ada, a empresa conseguiu na Justiça se resguardar de execuções de dívidas e congelar o pagamento de débitos.
Analistas dizem que essa decisão também vale para os aluguéis pagos para os fundos imobiliários. Com isso, é possível que os fundos não recebam pelos contratos firmados com a varejista. Isso, claro, tende a afetar a rentabilidade dos investimentos.
Para galpões logísticos, a saída é menos complicada 696lg
Embora os fundos possam resolver o problema “despejando” a Americanas e buscando outro inquilino, levará um tempo para que isso aconteça. Até lá, o retorno desses ativos tende a ficar prejudicado.
Desde que a Americanas comunicou ter encontrado uma diferença contábil de R$ 20 bilhões em seu balanço, fator que dobrou a dívida acumulada pela varejista, os fundos imobiliários expostos de alguma forma a essa crise acumularam perdas que chegam a 13%.
Esse número reflete a desvalorização de preço dos FIIs. O impacto sobre o rendimento só será conhecido nos próximos meses.
No caso dos galpões logísticos, a saída é menos complicada.
Desde o começo da pandemia de Covid-19, o crescimento das vendas digitais fez disparar a busca de empresas por centros de distribuição e outros espaços de armazenamento de mercadorias para entrega. Isso significa que esses imóveis não ficarão vazios por muito tempo.
No caso dos shoppings, no entanto, o setor fica de sobreaviso.
Levantamento da Buildings mostra que alguns fundos não só têm exposição a shoppings que têm as Lojas Americanas como inquilinas, como têm muitos shoppings nessa situação.
É o caso, por exemplo, do fundo XPML11, da XP. Dos 16 shoppings istrados por esse FII, 9 possuem as Lojas Americanas como inquilina. As lojas da empresa são conhecidas por ocupar espaços grandes.
Com o eventual fechamento dessas unidades, a locação das lojas pelos shoppings será desafiadora, uma vez que poucas empresas do varejo têm capacidade para ocupar todo o espaço disponibilizado para a Lojas Americanas.
Isso em um cenário em que os shoppings ainda não recuperaram 100% do prejuízo da pandemia e muitos ainda registram um nível de vacância (espaços disponíveis para locação) elevado.
Notícia do jornal Metrópoles
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