FIIs de papel: os desafios e as razões de desvalorização 2q58

Em matéria publicada na Você S/A, os dados  da Buildings foram utilizados para apontar a taxa de vacância de lajes corporativas em São Paulo – que caiu de 21,1% no primeiro trimestre para 20,7% no segundo trimestre deste ano. q283l

O Kinea Índice de Preços (KNIP11) é o fundo imobiliário mais negociado do país. Ele tem a maior participação no Ifix, o Ibovespa dos Fundos Imobiliários (FIIs). Só que ele tem deixado seus 67 mil investidores na mão.

A cota do FII, negociada na B3, acumula queda de 10% em 12 meses. Além disso, está no menor preço desde março de 2020, quando o mercado financeiro veio abaixo com a pandemia.

O fundo da Kinea entregou dividendos recordes em abril e maio deste ano. Cada cota do fundo era negociada nessa época a um valor próximo de R$ 100. E cada uma delas estava rendendo R$ 100. E cada uma delas estava rendendo R$ 1,70 mensais. Ou seja: um dividend yield de 1,7% ao mês, o equivalente a 23% ao ano (quase o dobro da Selic de maio, que estava em 12,75%).

Mesmo assim,  o valor de mercado dele ou a cair.

Ao final de julho, o valor da cota estava em R$ 95 – algo distante dos R$ 121 que elas chegaram a valer no pico, em 2019.

Ninguém abandona o barco 3d6i1n

Vale destacar que os fundos que dominam o mercado hoje não são donos de prédios espelhados na Faria Lima. Quem manda são os “fundos de papel”. No lugar de imóveis físicos, eles têm como lastro títulos de dívida ligados ao setor imobiliário, como CRIs e LCIs.

Esses investimentos costumam pagar uma taxa fixa de juros mais a inflação. Com o aumento do IPCA para além dos 10% ao ano, eles aram a pagar dividendos bem maiores. Com isso, se tornaram mais atraentes que os “fundos de tijolo” – aqueles que só contam com imóveis mesmo. Os dividendos são pagos com base na receita que chega dos inquilinos.

O fundo de tijolo Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) está com uma relação P/VP de 0,85 enquanto o KNIP11, da mesma gestora, está com um P/VP de 1,01. Em julho, a cota do KNRI11 se valorizou 4,6%, enquanto a do KNIP11 caiu 1,3%. O fenômeno é atribuído à volta ao trabalho presencial, que reduz a taxa de vacância dos imóveis comerciais.

Dados da Buildings, empresa brasileira especializada em pesquisa imobiliária corporativa, apontam que a taxa de vacância de lajes corporativas em São Paulo caiu. Era 21,1% no primeiro trimestre deste ano e reduziu para 20,7% no segundo trimestre.

Mas a situação dos FIIs de tijolo como um todo segue delicada. Além dos FIIs dedicados a alugar imóveis corporativos, há aqueles que levantam shopping centers, e os especializados em galpões de logística. Os de shopping dependem do crescimento da renda e de juros mais baixos, que facilitam as compras a prazo. Nenhum dos dois fatores é realidade neste momento.

E o desempenho dos fundos de logística dependerá da continuidade no crescimento do e-commerce, o que fica difícil quando a economia não cresce.

Para ler matéria na íntegra da Você S/A, clique aqui.

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