Conteúdo Exclusivo – Por Ellen Costa
Crescimento do setor de escritórios paulista é marcante com novos espaços entregues e valorização de aluguéis em 2024.
São Paulo, 23 de janeiro de 2025 – No cenário dinâmico do mercado imobiliário corporativo, o 4º trimestre de 2024 apresenta resultados que atestam de forma contundente o fortalecimento do setor de escritórios em São Paulo.
Segundo os dados apurados pela Buildings e disponíveis para consulta na plataforma CRE Tool, o BigData do mercado de real estate, é possível testemunhar a continuidade do crescimento dos principais indicadores do setor, que reforçam a resiliência e a atração deste mercado.
O estoque de prédios corporativos disponíveis para locação cresceu para 12.312 milhões de metros quadrados. Nesse sentido, 131 mil metros quadrados de novo estoque foram adicionados apenas no último trimestre, elevando para 1.646 o número total de edifícios comerciais.
Como uma prática normal de mercado, São Paulo acolheu 10 novos empreendimentos, ao mesmo tempo em que saíram prédios e entraram outros.
Ainda seguindo a tendência positiva por treze trimestres consecutivos, a absorção líquida de escritórios foi de 116 mil metros quadrados. Isso corrobora com um mercado em constante crescimento, mesmo com redução em comparação ao trimestre anterior.
Do mesmo modo, frente a este movimento, o preço médio pedido por metro quadrado subiu de R$ 79,75 para R$ 86,03. Trata-se de um sinal claro da valorização e demanda contínuas dentro do setor.
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Corporate Classe A: absorção de escritórios em São Paulo chega a quase 100 mil m²
Especificamente no universo Corporate Classe A (alto padrão), conforme gráfico abaixo, o mercado de escritórios de São Paulo teve mais ocupações que devoluções de espaço.
Nesse sentido, a absorção líquida se manteve positiva, chegando próximo aos 100 mil m², embora tenha sido um pouco menor que no trimestre anterior, quando alcançou 104 mil m² (3T de 2024).
Observe no quadro abaixo:
Na somatória dos 4 trimestres de 2024, o resultado alcançado foi de 312 mil m². Ou seja, o mercado continua crescendo.
Por conseguinte, o aumento do número de edifícios de perfil Classe A, saindo de 302 para 308, também exemplifica este momento de otimismo. Esse número representa quase 120 mil metros quadrados adicionados ao mercado no período.
Entre os imóveis entregues com maior metragem quadrada como fruto dessa expansão, destacam-se: o Arquipeo (localizado na Leopoldina/Barra Funda) que possui 54 mil m² e sediou a última edição do Buildings Exclusive. De propriedade da Brookfield Properties e entregue ao mercado em outubro de 2024, ele já veio com mais de 70% ocupado.
Ele vem seguido do Fidalga J. Safra Corporate e Capote 210, com 16 mil m² e 14 mil m², respectivamente. Além disso, este movimento comprova o apetite por infraestrutura moderna e de qualidade, atraente para investidores e locatários.
Ainda contribui para o aumento do mercado e aquecimento da completividade, os 504 mil metros quadrados de atividade construtiva. Com preços médios pedidos de locação correndo de R$ 108,22 para R$ 114,18 por metro quadrado, o setor teve uma valorização de 5,96 pontos percentuais de um trimestre a outro.
Do mesmo modo, no comparativo entre o início e o final de 2024, o aumento de preço médio pedido de locação foi espetacular: 12,35%. Saiu de R$ 101,83 no 1T de 2024 para R$ 114,18 o m² agora (4T de 2024).
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A taxa de vacância permaneceu estável no 4T de 2024, em 19,42%, a menor desde 2020, sinalizando um mercado eficaz na gestão da oferta versus demanda.
Ainda no universo de escritórios Classe A, a atividade construtiva continua aquecida, com 504 mil m² em desenvolvimento. Saiba mais na plataforma CRE Tool.
Entre os cinco imóveis que serão entregues nos próximos meses e anos, com maior área locável, destacam-se:
- Alto das Nações – Torre Corporativa, com 98 mil m²;
- Ester Towers – Torre A, com 45 mil m²;
- Ester Towers – Torre B, também com 45 mil m²;
- Biosquare, com 39 mil m²;
- River South, com 20 mil m².
“O mercado de escritórios de São Paulo continua crescendo a os largos. A exemplo disso, os dados do 4º trimestre coletados pela Buildings apresentam resultados expressivos, tanto no universo Corporate Classe quanto em todas as classes. Além disso, a absorção líquida positiva por vários trimestres, e acima dos 100 mil m² em São Paulo [todas as classes], é um resultado que reforça o crescimento do setor. A valorização dos preços de aluguéis e a entrega de novos empreendimentos sem aumento da taxa de vacância também confirmam a força e resiliência do mercado”, analisa Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.
Na esteira dessas expansões, tecnologias como o Buildings CRE Tool se tornam essenciais para a compreensão e análise de dados, permitindo que decisões estratégicas e investimentos possam ser tomados com mais segurança e confiabilidade. Saiba mais sobre a plataforma CRE Tool clicando aqui.
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