Conteúdo Exclusivo – Por Ellen Costa
Além disso, os escritórios Classe A de São Paulo apresentaram 92,6 mil m² de absorção líquida positiva no 1T/2025, numa sequência positiva de oito trimestres consecutivos.
São Paulo, 20 de maio de 2025 – O mercado de escritórios Classe A de São Paulo continua a prosperar no primeiro trimestre do ano. Nesse sentido, segue se destacando como um centro estratégico para novas locações, investimentos e negócios de todos os portes.
Com 1.640 edifícios corporativos disponíveis, segundo dados do Buildings CRE Tool, o setor detém 309 imóveis de perfil Classe A. Não à toa, a cidade está pronta para atender à crescente demanda por espaços de alto padrão.
Para se ter ideia desta pujança, apenas no primeiro trimestre de 2025, o segmento Corporate Classe A registrou uma absorção líquida positiva de 92,6 mil m². Esse resultado marca o oitavo trimestre consecutivo de crescimento.
Não à toa, esse indicador foi um dos destaques da 17ª edição do Buildings Exclusive, realizado no edifício JHA Corporate Boutique no início de maio. Leia mais aqui: 17º Buildings Exclusive confirma dinamismo de escritórios e setor logístico
Além disso, nos últimos dois anos, a absorção líquida acumulada ultraou 600 mil m² de resultado positivo, evidenciando a vigorosa expansão do setor (com mais locações que devoluções de espaços comerciais).
Em contrapartida, os escritórios de perfil Classes B e C registraram absorções líquidas negativas no primeiro trimestre de 2025. Os resultados foram de 8,4 mil m² e 13,7 mil m², respectivamente. Saiba mais sobre os indicadores do setor no Buildings CRE Tool.
ado recente e novas entregas de escritórios Classe A
Outro destaque interessante foram as movimentações no segmento de escritórios Corporate Classe A de São Paulo de 2024.
De um resultado de 227 movimentações de empresas com mais de 500 m² de área ocupada ocorridas em 2024, conforme quadro abaixo, uma pequena parte das empresas (5%) reduziu espaço comercial, enquanto outras 30% constituíram novos ocupantes (Classe A), numa ocupação média de 1000 m².

Além disso, 27% das empresas optaram por expandir seu espaço, ou seja, as empresas aumentaram a metragem ocupada de seus escritórios no mesmo endereço.
Já 38% das empresas, das 227 movimentações acima de 500 m², tiveram um crescimento médio de 110%. Isso significa que elas adquiriram novas espaços (locações/compra) em outros prédios.
Outro destaque é o desempenho das novas entregas de imóveis.
Desde janeiro de 2022, 66 novos edifícios Corporate Classe A foram entregues na cidade (até o 4T/2024), com 19 deles estando 100% ocupados, refletindo o dinamismo do mercado.
Destes, 17 possuem ocupação única e 2 são multiusuários.
No entanto, a taxa de vacância persiste como um desafio, já que 17 edifícios ainda estão totalmente disponíveis para locação.
Por fim, dos 9 edifícios entregues no segundo semestre de 2024, 8 buscam um único ocupante.
Comparação regional: imóveis monousuários em foco
Na região da Nova Faria Lima, o berço financeiro da cidade, o perfil de ocupação Classe A destaca 24 empresas alugando mais de 7 mil m². Além disso, há 24 empresas alugando entre 5 mil m² e 11 mil m², com apenas 5 imóveis sendo de perfil monousuário.
Em contraste, considerando todas as classes, existem 25 empresas ocupando mais de 7 mil m² e 28 empresas ocupando entre 5 mil m² e 11 mil m², abrangendo 22 imóveis monousuários.
Quando se analisa a ABL (Área Bruta Locável) média dos edifícios que estão em construção na região da Nova Faria Lima, de perfil de ocupação Classe A, 24 das 565 empresas ocupam espaços acima de 7.000 m².
Além disso, outras 24 empresas utilizam áreas entre 5.000 m² e 11.000 m². Já entre os imóveis, apenas 5 deles são de perfil monousuário.
A menor empresa ocupa 7.413 m² (Omni Banco) no Omni; já a maior empresa ocupa 67.397 m² (Banco Santander) no Complexo JK.
Ainda se tratando do perfil de ocupação monousuário, a região da Paulista segue na liderança, sendo a maior ocupação, com empresas nas áreas de Finanças, Saúde e Educação.
Por fim, a Nova Faria Lima tem poucos monousuários em edifícios Classe A. O motivo? Provavelmente o preço médio pedido de locação, o mais alto e valorizado da cidade.
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Movimentações estratégicas
Com projetos em construção como o Verve Pinheiros e o Biosquare, que somam 53.516 m² de Área Bruta Locável, o futuro dos espaços corporativos de São Paulo parece promissor.
Entre as empresas que ocuparam espaço na região da Rebouças, um dos destaques do evento da Buildings, aparecem:
- Amazon, com 39.229 m²;
- Nubank, com 13.100 m²;
- Netflix, com 8.227 m²;
- Stone, com 6.975 m²;
- Linkedin, com 6.133 m².
São Paulo se mantém resiliente, com movimentações estratégicas indicando potencial de crescimento e adaptação. A transição para perfis multiusuários poderá influenciar as decisões de futuros ocupantes e investidores, consolidando ainda mais a cidade como um centro atrativo de negócios.
Por fim, os indicadores positivos em destaque refletem o potencial de continuidade do crescimento do mercado de escritórios Classe A de São Paulo. Para saber mais sobre os indicadores do setor de escritórios, e o Buildings CRE Tool e faça suas análises.
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