Escritório flexível e as soluções para o mercado imobiliário

À esquerda, Guilherme Chernicharo, Diretor de Comunidade da WeWork Brasil; à direita Fernando Didziakas, sócio diretor da Buildings.

Com o avanço da tecnologia, a modernização dos meios de comunicação e estes últimos 18 meses de pandemia, o modelo tradicional de trabalho também sofreu modificações. Hoje se fala muito em escritório flexível, ressignificação de espaços, adaptações para fazer o colaborador desejar voltar ao escritório, entre outras coisas.

Em razão desse contexto e dos desafios que surgiram ao segmento imobiliário, o coworking é um modelo de trabalho que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no mundo. Exemplo disso é a WeWork, que já possui 32 unidades no Brasil inteiro – sendo que iniciou suas operações por aqui há cerca de 4 anos.

Neste novo vídeo no canal da Buildings no Youtube, Fernando Didziakas teve o prazer de conversar com Guilherme Chernicharo, Diretor de Comunidade da WeWork Brasil, na unidade Purpurina na Vila Madalena, em 26/10, para conhecer um pouco mais do trabalho da empresa, além de ver de perto as instalações e dinâmica desta unidade.

O bate-papo eou pela chegada da Wework ao Brasil em 2017 e o crescimento rápido nestes últimos meses. Também falamos sobre o momento do mercado de escritórios flexíveis pré-pandemia e durante a pandemia, além da retomada dos espaços físicos agora. Compartilhamos cases, visão sobre as mudanças que o mercado tem enfrentado e as expectativas para o futuro do segmento flexível de escritórios.

Modelo de escritórios flexíveis

O coworking é baseado no compartilhamento de um espaço em comum com profissionais de diversas áreas. Assim, o ambiente promove a troca de experiência, informação e networking, fazendo do escritório flexível um ambiente que propicia experiências muito ricas para quem o frequenta.

Talvez a principal vantagem desta modalidade de ocupação é a flexibilidade do prazo contratual. O ocupante pode ficar 1 mês ou 5 anos e também rescindir com 30 dias de aviso prévio sem multa. A rapidez de instalação também é outro fator importante – que é praticamente imediata. Algumas redes oferecem a possibilidade dos membros utilizarem qualquer uma de suas unidades em qualquer parte do mundo onde eles atuam.

Daí o interesse da Buildings em conhecer de perto o trabalho de uma das maiores empresas de coworking atualmente.

De acordo com Guilherme Chernicharo, Diretor de Comunidade, desde 2017, quando a WeWork começou sua operação no Brasil, a pretensão inicial era ter de 2 a 3 prédios para fincar seu trabalho e começar a se fazer conhecida.

Guilherme Chernicharo, Diretor de Comunidade da WeWork Brasil.

“Hoje já estamos com 32 unidades no Brasil inteiro. O crescimento da WeWork foi e tem sido muito impactante. Expandimos para diversas cidades. Além de São Paulo e Rio de Janeiro, também temos unidade em Belo Horizonte, Porto Alegre e outros locais. Hoje contamos com 20 mil membros nos nossos prédios. Esse crescimento e a nova condição do futuro do trabalho se deu, sobretudo, por causa da pandemia”, explica.

Fernando Didziakas quis saber se este momento de crise que a pandemia trouxe a diversos segmentos da economia foi algo ruim ou bom para o trabalho de expansão da WeWork.

“Nós também sofremos os impactos da crise como várias empresas, mas agora estamos ascendendo. O movimento que a WeWork sempre acreditou, que é de fornecer flexibilidade para as empresas, se acentuou muito depois da crise sanitária”.

Soluções para o mercado imobiliário

O Diretor também sinaliza sobre um dado importante. Segundo ele, desde março deste ano, a quantidade de pessoas que estão ando os espaços da empresa multiplicou-se em 10 vezes. A ocupação já chegou em 70%.

“Essa mudança reflete as soluções que oferecemos que estão se encaixando às necessidades do mercado de trabalho”, pontuou.

Para quem ainda não está muito familiarizado com esta nova dinâmica de trabalho, estar em um escritório flexível, dentro de um coworking, pode trazer alguns benefícios:

  • Internet rápida;
  • Escritórios com ótima infraestrutura;
  • Serviços extras como secretária eletrônica, endereço de correspondência, endereço fiscal;
  • Salas de treinamento e de reunião;
  • Salas privativas para reuniões com clientes ou sócios de uma empresa;
  • Planos íveis e redução de custo quando comparado ao escritório tradicional;
  • Localização privilegiada.

Outro dado importante que Guilherme destacou durante nossa conversa é que, além dos espaços físicos oferecidos com dinamismo e flexibilidade, as empresas estão preocupadas na retenção de talentos, em manter sua cultura interna. O Diretor de Comunidade explica que a WeWork está em um processo de expansão, de consolidação das unidades que já adquiriu.

“Estamos vislumbrando novas opções. Estamos abertos a enxergar como podemos expandir a WeWork na operação Brasil. Na parte de consolidação chegamos no patamar que entendemos que é hora de buscarmos novas alternativas. Essa flexibilidade, tanto para os funcionários quanto para as empresas, também está acontecendo com os proprietários, investidores e parceiros que queiram e possam viabilizar algo conosco. O recado é que podemos aprofundar e criar soluções para diferentes players do mercado”.

Sobre o mercado de real estate, o diretor da comunidade destacou o quanto a taxa de vacância foi e tem sido problema em algumas regiões de São Paulo e esclareceu que s proprietários também estão pensando em como se reeinventar para mudar esta situação.

“Hoje existe vacância. Com isso, podemos fornecer uma solução, uma alternativa no portfolio dos investidores e proprietários. Neste momento, estamos numa crescente e entendendo que o mercado como um todo vai criar muitas oportunidades nas quais estamos de olho para sermos o pioneiro e a referência nesse mercado de flexibilidade”.

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Tendências para o mercado de escritórios

Didziakas compartilhou sua percepção sobre as discussões que am sobre o tema da possibilidade das empresas optarem por espaços menores em razão do aumento do home office e do trabalho híbrido com rodízios de postos. Mas fez um contraponto no que se refere ao contato com outras pessoas, de outras equipes e empresas (até mesmo neste período ainda pandêmico).

Ele quis saber o que, de fato, mudou quando se fala sobre modelo tradicional e os novos rumos do mercado de escritórios.

“Depois da pandemia, já criamos alguns produtos diferentes para ter esta sinergia e oferecer a flexibilidade que todos esperam. Estamos tentando ser uma referência neste conceito. As empresas estão buscando hubs como alternativa, onde seus funcionários possam ar e se rotacionar. Essa tendência é forte e vemos crescimento e aceitação”.

Case Sky

Guilherme compartilhou o case da Sky, que deixou a sua sede própria para ir para 8 andares da WeWork.

“Isso é um case que nos deixa muito orgulhosos. Além de buscar esta flexibilidade física, ela também viu a possibilidade de oferecer uma experiência única aos seus funcionários nos nossos espaços. Inclusive eles começaram esta mudança na pandemia e não conseguiram concluí-la. Mas agora estão retomando a transferência”.

Quanto ao eterno debate do tempo de deslocamento dos funcionários até os escritórios, se o isso os torna mais ou menos produtivos porque não se estressam com o trânsito, vale pensar que as principais regiões de São Paulo, que chamamos de regiões consolidadas, como Faria Lima, Vila Olímpia e Paulista, ainda são muito procuradas por grandes empresas, já que a localização é privilegiada por vários aspectos.

A visita da Buildings à WeWork foi na unidade localizada na Vila Madalena, em um bairro residencial cercado da infraestrutura inerente a esse modelo.

Sobre a procura por regiões maiores, Fernando quis saber como tem sido essa experiência da WeWork.

“O fato de termos 20 mil pessoas na nossa base nos dá essa oportunidade única de analisarmos para onde estamos indo. Temos uma unidade no Jardim dos Perdizes, por exemplo, que tem tido um maior fluxo de pessoas. O que veio para ficar é o modelo híbrido e essa experiência do funcionário mais perto de casa é uma alternativa de total diferença para ele e para a empresa. Temos diversas bases espalhadas em São Paulo, onde é possível oferecer essa capilaridade”, finalizou.

Confira a entrevista e a visita que a Buildings fez à WeWork:

Sobre a WeWork

O portfólio da WeWork, uma das maiores players do mercado brasileiro e local de espaços de trabalho flexíveis com serviços, praticamente não foi alterado nos últimos 12 meses. Pelo contrário, quatro novas unidades foram inauguradas durante a pandemia –  isso demonstra que este tipo de solução tem uma demanda cada vez mais substancial.

A WeWork oferece soluções de espaço de trabalho para empresas de todos os tamanhos. Além disso, disponibiliza escala global e flexibilidade para ajudar empresas a se adaptarem em tempos de incertezas.

Com mais de 700 locais ao redor do mundo, a empresa disponibiliza um espaço de trabalho na localização e na forma da operação de trabalho, independente se o objetivo é estar mais próximo de casa, capacitar as equipes distribuídas ou ter um espaço exclusivo para se concentrar.

Ao todo, são 26 locais em São Paulo. No país, são 32 unidades no total, com presença também em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

***

Lembrando que por meio da plataforma Buildings CRE Tool (também utilizada pela WeWork para a conferência de dados), é possível obter todas as informações sobre o mercado de escritórios, condomínios logísticos e fundos imobiliários.

>> Conheça a ferramenta CRE Tool

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