Prova disso é que 80% dos escritórios em São Paulo estão com 70% das equipes trabalhando no presencial. Buildings aponta que o setor de escritórios tem performado melhor no 2 trimestre de 2023.
Notícia da Folha de São Paulo atesta o quanto o mercado de escritórios está retomando as perdas de outrora. De antemão, o setor registrou resultados positivos no segundo trimestre deste ano. Isso ocorreu puxado principalmente pelas negociações de lajes corporativas de alto padrão.
A redução do trabalho remoto é uma das razões apontadas por consultorias do setor para o saldo positivo de locações. Especialmente em São Paulo, onde esse mercado está concentrado, houve o acréscimo de dias no modo presencial.
A absorção líquida —ou seja, o saldo entre as devoluções e contratações— ficou em 43,7 mil metros quadrados em São Paulo. Esse dado é da consultoria Newmark. Nas regiões que concentram os escritórios de padrão A e AA, o saldo positivo foi de 14 mil m² no último trimestre, de acordo com a JLL.
Resultados promissores
Entre o início de 2022 e o primeiro trimestre de 2023, cerca de 85% dos negócios fechados pela JLL eram de lajes abaixo de 1.000 m². Esse índice caiu para 70% no segundo trimestre.
Nessim Daniel Sarfati, fundador da Barzel Properties, diz que as grandes empresas ainda mantêm seus modelos mais flexíveis de trabalho. Por isso, as locações recentes são de lajes de até 2.000 m², que atendem a companhias de médio porte.
Ele relata ter percebido, no entanto, um movimento de sondagem daqueles que, um dia, foram ocupantes de metragens maiores.
Do mesmo modo, Bernard Kawakama, diretor de empreendimentos corporativos da Fibra Experts, conta ter recebido visitas de interessados em metragens acima de 5.000 m². O gestor istra o eio Paulista (complexo multiúso recém-inaugurado na rua da Consolação).
Segundo ele, as motivações para o interesse em locação são diversas. Há novas empresas, expansão ou mesmo a busca por localizações melhores.
Nesse sentido, o grupo imobiliário CBRE diz ter identificado no trimestre grandes ocupações na região da avenida Paulista. Detalhe importante: especialmente de lajes acima de 1.000 m².
Segundo Yara, da JLL, com o retorno mais intenso das atividades presenciais a partir de 2022, cresceu também o interesse pela locação de espaços já mobiliados.
Além disso, a oferta de lajes sob medida, prontas para serem ocupadas, virou um produto oferecido pela Barzel. A princípio, foi criada em 2022 como um investimento, explica o diretor de portfólio da empresa, Bruno Turaça.
Custa mais para quem loca, mas a Barzel assume a responsabilidade pelas obras, adaptações e mobiliário. “O cara chega somente com o paletó”, diz Nessim.
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Retorno aos escritórios; aumento das locações
Relatório da CBRE mostra um aumento, já no primeiro trimestre de 2023, da taxa de retorno aos escritórios em São Paulo. Esse movimento está concentrado nas regiões da Paulista, Jardins e Marginal Pinheiros.
Levantamento feito em 500 prédios aponta que 80% dos escritórios estão com taxa de retorno acima de 70%. Em 45%, a de 90%. No último trimestre de 2022, eram 59% os que tinham taxa de retorno acima de 70%.
Nessim, da Barzel, diz que cerca de 18 mil pessoas têm ado diariamente pelos prédios istrados pela empresa. Em março de 2020, a média diária ficava em 20 mil.
“Sem dúvida, nos últimos meses, o modelo híbrido foi consolidado, mas agora temos visto muitas empresas pedindo o retorno dos funcionários. Com isso, o setor de escritórios tem performado melhor”, afirma Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, empresa especializada em pesquisa imobiliária corporativa.
Segundo dados da Buildings, a absorção líquida total em São Paulo, considerando todos os padrões de escritórios (e não somente os chamados triple A), saltou de 15 mil m² nos primeiros três meses deste ano para 100 mil m² no segundo trimestre.
No segundo trimestre, o preço do metro quadrado subiu, depois de oito trimestres de estabilidade.
Segundo a consultoria Newmark, isso aconteceu porque houve vacância em edifícios valorizados. De uma faixa de R$ 87 a R$ 89 mensais, o preço médio por metro quadrado ficou em R$ 91,77.
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