Empreendimento logístico em Osasco conquista certificação LEED de sustentabilidade

No setor imobiliário, as certificações ambientais atuam em conjunto com normas e leis. Tudo isso a fim de promover e fomentar práticas de construções sustentáveis.

Não à toa, os imóveis comerciais que detém estas certificações tendem a agregar mais valor à sua imagem corporativa. Além disso, promovem segurança aos inquilinos. Com isso, tornam, inclusive, um diferencial competitivo na hora de uma locação.

Atenta às mudanças e inovações imobiliárias, a Bresco – maior desenvolvedora e gestora brasileira de empreendimentos logísticos de alto padrão  acaba de receber o selo LEED Gold para um de seus ativos: o Bresco Henry Ford Osasco. O imóvel ocupa 30 mil m2  na cidade de Osasco (SP), próximo à Marginal Tietê.

Esta é a oitava certificação LEED que a empresa recebe do Green Building Council – Brasil. O órgão é representante nacional do movimento global presente em mais de 80 países. Recentemente a Bresco iniciou a modernização de um galpão com localização privilegiada, em São Paulo. Para saber mais, clique aqui.

O estado de São Paulo possui a maior concentração de condomínios logísticos da região Sudeste: 380 no total. Isso representa mais de 17 milhões de m² de estoque total (dados do 1T/2023).

Já a cidade de Osasco, onde o Bresco Henry Ford Osasco está localizado,  possui 17 condomínios logísticos. Isso representa mais de 450 mil m² de estoque total (dados do 1T/2023). Além disso, possui mais de 34 mil m² de atividade construtiva e taxa de vacância na casa de 10%.

Sobre a certificação

O LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) pode ser traduzido como “Liderança em Energia e Design Ambiental”. Trata-se de uma das certificações ambientais mais importantes no Brasil. Além de ser o selo ecológico com maior reconhecimento a nível internacional.

Seu objetivo é incentivar a transformação de projetos para que as edificações (imóveis corporativos) se tornem mais sustentáveis.

Essas certificações buscam reduzir o impacto ambiental dos edifícios e suas respectivas vizinhanças por meio da mensuração de características sustentáveis implementadas.

A certificação é concedida pelo GBC (Green Building Council) e leva vários pontos em consideração. Entre eles, a redução de custos operacionais e riscos regulatórios, a valorização do imóvel, a ampliação da retenção de moradores e locatários, e a imagem de um empreendimento conectado às demandas atuais da sociedade.

No caso do Bresco Henry Ford Osasco, a companhia vislumbrou a possibilidade de revitalizar uma área previamente contaminada. Além disso, de oferecer ao mercado um empreendimento sustentável e de uso seguro.

De acordo com Fernando Pereira, Diretor de Engenharia da companhia, foi realizado um processo minucioso de análise no terreno para obtenção do Termo de Reabilitação para Uso Declarado pela CETESB. Após isso, focou-se na conquista da pontuação máxima, no quesito Remediação da Terra na certificação LEED do GBC.

“Realizamos a coleta e análise de mais de 500 amostras de solo, movimentamos cerca de 1,6 mil toneladas de matéria contaminada, para depois substituir por solo adequado. Além disso, houve necessidade de monitoramento contínuo das águas subterrâneas e da intrusão de vapores”, conta Pereira.

Impactos positivos

As consequências positivas da implementação dos selos ambientais são muitas. De maneira geral, elas permeiam vantagens no âmbito ambiental, claro, além de:

  • Econômicos > refletem diretamente no valor condominial.
  • Imobiliários > contribuem para baixas taxas de vacância nos edifícios que possuem a certificação.
  • Sociais > impacto positivo para a comunidade relacionada ao edifício/galpão (usuários e trabalhadores)
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Mais sobre o projeto

O projeto também buscou a economia de recursos naturais.

O consumo de água potável no imóvel é 95% menor comparado a galpões logísticos padrão. Idem para o consumo de energia elétrica que é 40% inferior.

“No nosso empreendimento, 100% da água de reuso é destinada para a irrigação, e a geração de energia renovável corresponde a quase 20% do consumo projetado”, explica o diretor da empresa.

O imóvel obteve pontuação máxima também no quesito inovação por conta da redução do consumo de água nas dependências internas. E não apenas isso. Também no descarte de resíduos de construção e demolição – apenas 10% do entulho foi levado a aterros sanitários.

Destaque também para a gestão de demanda energética, com o uso de lâmpadas de baixo teor de mercúrio, por meio de sistema luminotécnico baseado em lâmpadas LED.

“A Bresco possui larga experiência em certificação internacional green building e, neste sentido, podemos afirmar que a experiência dos profissionais e parceiros da companhia proporcionam um nível técnico que viabiliza a inserção de tecnologias. Dessa forma, a certificação por si só se tornou uma consequência”, comenta Felipe Faria, CEO do Green Building Brasil.

Parceria OTEC

Para consolidar o reconhecimento do órgão certificador, a empresa contou com o apoio da OTEC, uma consultoria que orienta a equipe envolvida no projeto e na execução da obra.

São feitas simulações computacionais, análises de ciclo de vida e do comissionamento dos sistemas prediais. Segundo David Douek, diretor geral da OTEC, o alinhamento estratégico entre as empresas é um dos primeiros os trilhados para obtenção do certificado.

“Após definir a estratégia de sustentabilidade para o empreendimento, amos a monitorar a incorporação criteriosa de recursos que tragam resultados tangíveis a todos os stakeholders durante o desenvolvimento do projeto e da obra. O Bresco Henry Ford – Osasco é um ativo cujas características devem ser enaltecidas do ponto de vista da responsabilidade socioambiental”, explica Douek.

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