De acordo com notícia do Estadão, o futuro dos escritórios parece ter vida mais longa do que muitos imaginavam. Apesar da crise vivenciada durante a pandemia, o mercado imobiliário segue resiliente. Para saber mais, leia: Escritórios de alto padrão de São Paulo têm resultados melhores no 2T de 2023 6h5b2a
De um ambiente com cadeiras e mesas vazias há pouco mais de um ano, hoje as empresas correm atrás de ambientes confortáveis. Não apenas isso: arrojados para alocar seus funcionários. Diante da volta ao trabalho presencial mais intenso e o aquecimento da economia, a demanda por escritórios de alto padrão na cidade de São Paulo está elevado.
No setor de saúde, por exemplo, a Rede D’Or alugou um prédio inteiro de escritórios na capital paulista. O endereço é a Alameda Santos, nos Jardins.
A escola de negócios G4 Educação dobrou de tamanho. A empresa alugou um andar inteiro de um dos prédios mais icônicos da região da Avenida Luis Carlos Berrini, o Thera Corporate.
E a construtora Plano&Plano fechou contrato de locação de 2 mil metros quadrados de escritório em um edifício recém-construído no Butantã. O novo escritório será cerca de duas vezes maior do que o atual, localizado no Brooklin.
Ampliação de espaços de escritórios ganha força 5t44v
Conforme os dados do 2T de 2023 apurados pela Buildings, a cidade de São Paulo possui hoje 11,826 milhões de m² locáveis de escritórios em edifícios Corporate (lajes corporativas). Os resultados apontam alguns destaques interessantes no segundo trimestre do ano.
O principal deles se refere a um dos mais importantes indicadores de crescimento ou retração do mercado – a absorção líquida. Ela voltou a ser positiva no universo Corporate Classe A (de alto padrão) em mais de 56 mil m². No 1T/2023, o saldo havia sido negativo em mais de 11 mil m².
Ainda segundo o Estadão, nos próximos meses, a tendência é que o movimento de ampliação de espaços de escritórios ganhe força. Isso deve acontecer causa do início do ciclo de queda da taxa básica de juros. Como resultado, deve impulsionar a atividade.
Consultorias imobiliárias informam que grandes companhias já começaram a encomendar estudos de prospecção para aumentar as instalações de escritórios.
No primeiro trimestre do ano, esse movimento não era nítido nas estatísticas do setor, pois o resultado ainda estava afetado pelo rescaldo de devoluções de áreas iniciadas na pandemia. Por isso, o saldo de locações de escritórios ficou negativo em 10 mil metros quadrados na cidade de São Paulo no período. Esses dados são da consultoria imobiliária Newmark.
Esse quadro, no entanto, mudou no segundo trimestre.
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Alguns resultados positivos 5k5qu
Entre abril e junho, a diferença entre novas locações e devoluções ficou positiva em 44 mil metros quadrados na capital paulista.
“O espaço ocupado no segundo trimestre voltou a crescer e num patamar bem significativo para a média dos últimos tempos”, afirmaMariana Hanania, diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark.
Consideradas só as novas locações, sem descontar as devoluções, foram alugados 215 mil metros quadrados de escritórios no primeiro semestre deste ano na capital paulista. No período, o desempenho do indicador se aproxima da média histórica anual de 250 mil metros quadrados registrada entre 2007 e 2022, segundo a Newmark.
Locação de escritórios aumenta em São Paulo 236m1f
O aumento da demanda por lajes corporativas na cidade de São Paulo é confirmado pela CBRE. Levantamento da consultoria aponta alta de quase 50% na locação de escritórios no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre. Foi o sexto melhor resultado trimestral na capital paulista desde 1979.
No caso das lajes corporativas de altíssimo padrão, conhecidas como “Triple A”, a demanda por locação entre abril e junho deste ano (sem descontar as devoluções) se manteve positiva pelo quinto trimestre seguido.
De acordo com a Buildings, em relação ao novo estoque no segundo trimestre, o salto foi enorme: entre abril e junho, o universo Classe A entregou mais de 130 mil m² ante estoque zerado do 1T de 2023.
Já a atividade construtiva foi um índice de recuo: foram 495 mil m² no 2T/2023 ante 556 mil m² no 1T/2023. Esse resultado expressa justamente a entrega dos novos edifícios.
Novas entregas e vacância 6d1j27
Na esteira dos novos empreendimentos entregues no 2T de 2023, o mercado foi aquecido com mais de 100 mil m². Segundo a Buildings, são eles:
- Auri Plaza Faria Lima, na região da Vila Olímpia: com mais de 13 mil m²;
- Brasília Square Offices – Torre I, na região da Leopoldina/Barra Funda: 24.300 m²;
- Brasília Square Offices – Torre II, na região da Leopoldina/Barra Funda: 24.300 m²;
- Complexo LUNA – Torre Nova, na região da Chácara Santo Antônio: mais de 33 mil m²;
- Itaú Jabaquara, na região da Saúde/Jabaquara: mais de 23 mil m²;
- Vista Nações Unidas, na região da Berrini: mais de 11 mil m².
Em relação à taxa de vacância, o mercado de escritórios Classe A de São Paulo teve um pequeno aumento: era 22,53% no 1T e foi para 23,44% no 2T/2023. Destaca-se que isso ocorreu, também, pelas novas entregas.
As equipes voltaram aos escritórios 48174h
Segundo Felipe Robert Giuliano, diretor de Locação, Pesquisa e Health da CBRE, o que impulsionou o crescimento da locação de escritórios em geral foi a busca das companhias por novas áreas. Além disso, tendo como foco preço e qualidade dos escritórios, diante do avanço do trabalho presencial.
Ao final do primeiro semestre, por exemplo, 77% dos 600 melhores prédios de escritórios da capital paulista tinham ocupação superior a 70%. Um ano antes, a parcela de edifícios com esse nível de ocupação estava em 51%, de acordo com consultoria.
O momento é de mudança do perfil do trabalho híbrido.
Segundo Nilton Molina Neto, CEO da consultoria imobiliária Binswanger Brazil, algumas empresas já sinalizaram que vão voltar a trabalhar mais dias no escritório. Mariana Hanania, da Newmark, conta que há clientes que pretendem voltar ao trabalho presencial cinco dias na semana. Contudo, pondera que não é a maioria.
Outro ponto que turbina a procura por locação de espaços é a mudança do layout dos escritórios.
Novas adaptações dos escritórios 1u6s3t
No pós-pandemia, por questões sanitárias, a tendência é de expansão da área das estações de trabalho. Antes girava em torno de 7 metros quadrados e agora oscila entre 10 e 12 metros quadrados.
Além disso, com a melhora da economia e a redução do desemprego, ter um escritório convidativo ou a ser um dos fatores para reter funcionários. Para saber mais, leia: Zoom traz seus funcionários de volta aos escritórios; home office segue perdendo força
A G4 Educação acaba de dobrar a área de escritórios da sede da empresa. A escola de negócios usa inteligência artificial para treinar executivos e demais funcionários.
No mês ado, os 400 funcionários da companhia aram a ocupar 2 mil metros quadrados num único prédio. Eles foram para o Thera Corporate. Até então, a sede estava dividida entre dois prédios bem menores e antigos, também no bairro do Brooklin. Os espaços somavam mil metros quadrados.
Notícia completa no Estadão
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