A crise vivida pelas Lojas Americanas continua no radar dos noticiários das últimas semanas. Segundo o presidente da varejista, Sergio Rial, as dificuldades financeiras após a revelação de “inconsistências contábeis” chega a R$ 20 bilhões. Isso, claro, afeta diretamente as contas da empresa. 615g1q
E traz consequências a todos aqueles que se relacionam com a varejista. Do mercado consumidor ao mercado de escritórios, fundos imobiliários, rede de shoppings e setor logístico, todos estão de sobreaviso.
Vale lembrar que a empresa está em processo de recuperação judicial há cerca de um mês. E desde que isso veio à tona, clientes e fornecedores estão reticentes.
Notícia recente do Brazil Journal aponta que o BTG Pactual, que fechou 2022 com um ROE (retorno sobre patrimônio) de 20,8%, alcançou resultados recordes em diferentes linhas de negócio.
Os números consideram uma provisão de R$ 1,2 bilhão para a Americanas. O banco disse que o número equivale a 63% de sua exposição de R$ 1,9 bilhão. Este número exclui o R$ 1,2 bilhão bloqueado pelo BTG para compensar dívidas da varejista, que segue em discussão na Justiça.
Segundo o texto, o banco acredita que conseguirá recuperar parte da dívida da Americanas (além do R$ 1,2 bilhão bloqueado). Por isso, não provisionou 100% da exposição, como fizeram Bradesco e Itaú.
O setor logístico está sob alerta 6j7318
Quando se olha para o setor logístico e industrial, o impacto da crise da Americanas pode ser excessivamente danoso. Ou trazer oportunidades para outras empresas de e-commerce.
Segundo dados da Buildings, a ocupação total por m² no universo industrial do Grupo Lojas Americanas corresponde a 789.759 mil m². Essa metragem corresponde a soma da Americanas, B2W e Directlog.
As Lojas Americanas começaram a sua ocupação industrial no Brasil no 1 trimestre de 2018, com 196.155 mil m². De lá para cá, a varejista tem aumentado sua ocupação, totalizando 242.426 mil m² no 4 trimestre de 2022.
Ou seja, o cenário pode ser bastante preocupante.
Se toda a ocupação industrial da Americanas for prejudicado em razão da crise pela qual a empresa a, o mercado logístico poderá sofrer um abalo de devoluções de espaços superior a 200 mil m². Isso pode gerar uma reação em cadeia.
Por outro lado, essa devolução – se de fato ocorrer, também pode oferecer bons espaços para outras empresas de e-commerce ocupar e ampliar suas atuações logísticas.
Leia também: – Como o setor logístico performará no pós-pandemia? – Shein pode superar Shopee no Brasil? Desempenho da varejista é destaque em 2022 – Banco investe R$ 500 milhões na criação de fundo para comprar prédios, casas e galpões 62674s
Fundos imobiliários e setor de shoppings também se movimentam 516o5z
Levantamento da Buildings para o jornal Metrópoles apontou que existem 17 fundos de shoppings que têm a Americanas como um dos inquilinos. Ou seja, existe uma preocupação latente dos setores e investidores.
Além disso, o estrago provocado pelo pedido de recuperação judicial também pode afetar os aluguéis dos shoppings. Vale lembrar que a empresa ocupa espaços para manter a operação das lojas físicas.
O valor é o que as Americanas deve aos shoppings espalhados por diversas regiões do País é altíssimo. As cifras que constam na lista de credores do processo de recuperação judicial, entregue à Justiça do Rio de Janeiro, chega a R$ 11,6 milhões, segundo notícia do Estadão.
As cifras se referem a 90 credores de shopping centers. Os valores não estão discriminados pelo tipo de despesas, mas, provavelmente, se referem a aluguéis e condomínios. Para saber mais, leia: Americanas deve R$ 11,6 milhões para diversos shoppings
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