Condomínios logísticos no Brasil: o setor tem mais de 4,6 milhões de m² em construção

O setor de condomínios logísticos no Brasil está em expansão no 3º trimestre de 2024, com destaque para construções em andamento, pré-locações e a menor taxa de vacância da última década. 

O mercado de condomínios logísticos continua aquecido no 3º trimestre de 2024. Não apenas na entrega de novos espaços, o setor também apresenta construções em andamento, boas locações e pré-locações.

Para se ter ideia, um dos destaques interessantes apresentado no 15º Buildings Exclusive é que o setor já possui 1.092 condomínios logísticos prontos para ocupação. Isso representa 37,4 milhões de m² em todo o Brasil.

De igual maneira, a atividade construtiva continua a todo vapor: com 4,6 milhões em construção para ser entregue nos próximos trimestres e anos. Além disso, ainda possui 27,8 milhões de m² em projeto.

Além disso, a taxa de vacância caiu, e está em 8,2% (3T/2024), um resultado extremamente positivo na série histórica.

“O mercado logístico brasileiro segue em franca expansão. Enquanto reduz a taxa de vacância para o menor patamar na última década, o aumento no volume da atividade construtiva já é uma resposta dos investidores para manter um mercado próximo do equilíbrio, com a possibilidade de expansão nas principais regiões, com preços muito maiores”, destaca Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.

Noutras palavras, o setor logístico tem absorvido bem as novas construções (muitas delas já pré-locadas) para grandes players do e-commerce. 

Atividade construtiva dos condomínios logísticos por estado surpreende

Exatamente por isso, quando se compara a evolução da absorção líquida em relação ao novo estoque, foram 694.775 m² de absorção líquida positiva no 3º trimestre e 524.872 m² de novo estoque entregue no mesmo período. Saiba mais sobre o mercado imobiliário na plataforma CRE Tool.

Conforme quadro abaixo, um destaque do evento realizado em São Paulo focou nas construções desses condomínios logísticos em território nacional.

 

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Quando se compara o percentual de atividade construtiva em relação ao estoque total, São Paulo, claro, lidera o ranking em metros quadrados. O estado paulista possui 1,8 milhão de m² em construção, o que representa 9,57% do estoque total já existente.

Contudo, para surpresa de muitos, em segunda colocação aparece Santa Catarina.

Interessante observar que este estado tem 1,7 milhão de m² de estoque total, ou seja, bem menor que São Paulo (mais de 19 milhões de m²), porém, seu percentual de crescimento é maior. 

O estado catarinense está construindo 530 mil m² que se somarão ao estoque de 1,7 milhão de m². Noutras palavras, se o estado entregar tudo que está construindo, irá aumentar seu estoque em 30%. Ou seja, o potencial de crescimento do estoque em SC é o maior do Brasil.

Ele vem seguido por Minas Gerais, com 3,4 milhões de m² de estoque total e 508 mil m² de atividade construtiva. Além disso, o estado mineiro possui um potencial de crescimento de 14,7% em relação ao estoque já pronto, e uma média de absorção líquida positiva de 76,4 mil m². Por fim, apresenta hoje uma taxa de vacância de 11,3%.

Em quarto lugar, aparece o estado pernambucano, com 377.796 m² em construção, de um estoque total de 1,8 milhão de m², e potencial de 20,54%. O Rio de Janeiro aparece em quinta colocação no ranking, com 292.970 m² de atividade construtiva no 3T de 2024, e 10% de taxa de vacância.

Setor logístico: pré-locações e estoque entregue

Quanto ao novo estoque do período em relação às pré-locações, mais de 520 mil m² foram entregues. Por outro lado, desse resultado, mais de 360 mil m² já estava pré-locado para empresas do setor.

E as projeções para os próximos trimestres são ainda maiores, conforme gráfico ao lado:

Além disso, entre os maiores tomadores de espaços, novamente o Mercado Livre segue na liderança.

Ao todo, foram 10 locações no trimestre, totalizando 283 mil m² de novos espaços logísticos paras suas operações no Brasil. Atualmente, a gigante argentina ocupa 2.356 milhões de m² no Brasil (ocupação atual + pré-locação).

A Shopee também fez 10 locações, contudo, o resultado em metragem quadrada foi bem menor: 52 mil m². A empresa de e-commerce ocupa 677.800 m² no Brasil (ocupação atual + pré-locação). Para saber mais sobre o mercado imobiliário brasileiro, e a plataforma CRE Tool.

Já conhece o BigData do Mercado de Real Estate

Os dados prévios apresentados acima foram extraídos da plataforma CRE Tool, o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional; o mercado de real estate de Santiago também faz parte do monitoramento da Buildings desde 2021 (escritórios) e setor logístico chileno (desde 2023).

Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:

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