Notícia do Valor Econômico ressalta o já temos observado nos últimos meses. O mercado de lajes corporativas em São Paulo voltou a reagir, após dois anos de retração. Como resultado, tendência de crescimento e excesso de oferta devem acirrar o segmento de lajes corporativas. 3o1v1m
Prova disso aparece na absorção líquida positiva – que registrou de 130 mil metros quadrados em 2022. Esses dados são da consultoria Buildings. O resultado representa uma retomada do setor, ainda que tímida. Entre 2020 e 2021, foram devolvidos 482 mil metros quadrados.
O índice atual revela que o impacto da pandemia e do trabalho remoto na dinâmica das empresas já foi absorvido. Num primeiro momento, essa dupla havia gerado a redução das áreas dos escritórios.
“A tendência é de recuperação das metragens dispensadas pelas companhias que tiveram de reduzir seus espaços naquela época”, estima o diretor da Buildings, Fernando Didziakas.
Segundo a empresa de pesquisa imobiliária, as regiões com menor vacância de lajes corporativas na cidade são a Nova Faria Lima. Esta região compreende o trecho entre as avenidas Santo Amaro, Cidade Jardim e Marginal Pinheiros e o bairro da Vila Olímpia. Neste momento apresenta 3,7% dos escritórios de alto padrão disponíveis.
A Vila Olímpia apresenta 10% e Pinheiros 12%.
Na contramão, edifícios de alto padrão nas imediações das avenidas Paulista (20%), Luís Carlos Berrini (22%) e Chucri Zaidan (30%) e da Chácara Santo Antônio (40%) são os que apresentam os maiores índices de disponibilidade.
Deve-se observar o setor como um todo 554d6m
O diretor alerta, porém, para um crescimento forçado da vacância em razão da chegada de novos empreendimentos ao mercado. O relatório da Buildings indica que foram disponibilizados 161 mil metros quadrados na capital em 2022.
“Hoje, existem 490 mil metros quadrados em atividade construtiva na cidade, apenas no segmento de topo, com entrega prevista até 2025. O volume é equivalente a 27 torres de escritórios”, relata Didziakas.
A retomada tímida somada ao excesso de oferta deve promover uma forte guerra nos preços de locação, com boas oportunidades de negócio.
“A perspectiva é de movimentação de empresas: um fly-to-cost, com os empresários buscando melhores preços em empreendimentos de nível similar ou superior”, analisa Didziakas.
Nesse sentido, os prédios triple A da região da Avenida Chucri Zaidan tendem a ter a melhor relação custo/benefício no médio prazo. “É uma localidade bem atendida por transporte público e rede de serviços, com metro quadrado corporativo pela metade do preço do Itaim, por exemplo”, compara.
Volta ao trabalho presencial demanda novos espaços 2u355t
As equipes de criação da Athié Wohnrath, empresa de São Paulo especializada em interiores corporativos, estão muito demandadas no início deste ano.
O motivo é o volume de pedidos de clientes por ajustes no layout dos escritórios, em razão da grande quantidade de funcionários que tem preferido retornar à rotina de trabalho presencial.
Em 2022, a empresa fez 242 projetos e 183 obras, totalizando 2,6 milhões de metros quadrados. A perspectiva para este ano é um aumento de 10% sobre esse resultado.
“As empresas estão começando a se preocupar com a volta dos funcionários ao escritório, um número que tem aumentado significativamente”, avalia o sócio-fundador da Athié Wohnrath, Sergio Athié.
Para ele, um termômetro desse fenômeno pode ser checado na região da Berrini. “Na hora do almoço, tem fila na porta dos restaurantes todos os dias. Acho que as pessoas se cansaram de trabalhar em home office”, acredita.
Por conta desse movimento, o perfil dos projetos de interiores tem mudado. Além de novas áreas de colaboração e de relacionamento, os clientes têm pedido para considerar a volta dos colaboradores ao escritório.
Notícia completa no Valor Econômico
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