Da Redação 302e8
Pode não parecer, mas já se aram três longos anos desde o início da pandemia de Covid-19, por aqui iniciada em março de 2020. De lá para cá, vivemos muitas coisas. De confinamento social extremamente restritivo e incertezas na economia a oportunidades reais em diversos setores, cá estamos.
O mercado imobiliário se mostrou resiliente mais uma vez e o retorno dos profissionais aos escritórios segue consolidando esta retomada.
Segundo especialistas, as dificuldades de integração e implementação da cultura corporativa é uma das motivações dos executivos em trazer os funcionários de volta ao posto presencial. E não apenas isso: o desenvolvimento de talentos e a diminuição da criatividade também estão preocupando os gestores.
Artigo da Exame aponta que em São Paulo, ao menos 70% dos edifícios corporativos apresentam um retorno ao presencial igual ou superior a 50%. Isso é um bom indicador para o setor.
Segundo o texto, enquanto os escritórios nos Estados Unidos ainda permanecem ocupados pela metade, espaços corporativos na Europa e Ásia voltaram a ficar agitados. Países da Europa e da Ásia apresentam níveis de ocupação dos escritórios entre 70% e 110% se comparados com os níveis pré-pandêmicos. Isso significa que em alguns casos os escritórios estão sendo mais utilizados do que em 2019.
Leia também: – Bresco inicia modernização de galpão com localização privilegiada – Mercado de escritórios de Santiago segue construindo e crescendo 1c4x54
Modelo híbrido de trabalho 4x726c
Ao mesmo tempo em que a Europa e a Ásia estão neste ritmo, observa-se que os americanos adotaram com maior regularidade o modelo híbrido.
A ocupação média dos espaços corporativos dos Estados Unidos varia entre 40% e 60%. A combinação de fatores, como maiores distâncias para se chegar ao escritório, menores níveis de desemprego e maior conforto ao se trabalhar de casa pode explicar essa divergência nos hábitos de retomada aos escritórios.
E nesta celeuma, onde o mercado brasileiro se encontra três anos após a pandemia?
Um levantamento realizado ao fim de 2022 nos principais edifícios corporativos de São Paulo mostrou resultados animadores sobre o tema.
Ao menos 70% dos edifícios selecionados apresentavam um retorno ao presencial igual ou superior a 50%. Esta análise também mostrou que a média do trânsito na cidade estava em 70% dos patamares de 2019. Além disso, as principais estações de trem e metrô registraram um volume do fluxo de pessoas ao redor de 77% em relação aos registrados nos primeiros meses de 2020.
O que se observa é que a tendência no Brasil é de que as empresas intensifiquem a ida dos funcionários aos escritórios.
Companhias americanas de tecnologia se opõem ao home office 6d2jx
Após o Twitter abolir o trabalho remoto, a Apple vem tomando medidas para aumentar a ocupação de seus escritórios. A empresa vinha enfrentando resistência de parte dos funcionários, mesmo estabelecendo o trabalho presencial por apenas três vezes na semana.
Mais recentemente, a criadora do iPhone vem monitorando a presença dos funcionários nos escritórios. Além disso, pretende enviar alertas e advertências crescentes em caso de não cumprimento da norma.
As empresas brasileiras também vêm buscando aumentar a ocupação dos seus escritórios. Elas identificaram que este distanciamento está gerando dificuldades de integração e implementação da cultura corporativa. E não apenas isso. Também impacta no desenvolvimento de talentos e na diminuição da criatividade.
Estas são algumas das motivações dos executivos em trazer os funcionários de volta ao ambiente físico.
Guilherme Benchimol, fundador da XP, itiu que a política de home office da empresa foi um erro. Exatamente por isso, teve de ser revertida porque “não funcionou como o esperado e impactou a cultura”, disse ele.
Empresas buscando ganho de produtividade e vantagens competitivas devem impulsionar a maior ocupação dos escritórios nos próximos meses.
Com isso, o mercado imobiliário brasileiro se aproximará muito mais da situação atual da Europa e Ásia.
Preços de locação têm melhores resultados 57443a
Apesar da volta aos escritórios, é sabido por todos que o modelo híbrido de trabalho veio para ficar. Tanto no Brasil quanto noutros países pelo mundo.
Contudo, pode-se dizer que o movimento nos grandes centros urbanos do Brasil tem sido real e intenso.
Desde meados de 2020, se identificou em São Paulo um aumento robusto nos preços de locação de determinadas regiões e ativos. Além disso, as empresas têm buscado empreendimentos mais sustentáveis e modernos.
Outra situação que não mudou: as melhores localizações e bons edifícios, nos quais os empregados realmente apreciem trabalhar, continuam no radar das empresas.
Para se ter ideia, os dados atuais da Buildings (1T/2023) apontam que houve crescimento na média de preço pedido na região da Nova Faria Lima. No 4T/2022 estava R$ 153,00; agora subiu para R$ 216,00. Vale ressaltar que o estoque ficou mais caro pela oferta maior de empreendimentos “mais caros”, anteriormente ocupados. Isso, claro, contribuiu para o aumento de parte da vacância.
Antes estava em 3,79% (4T/2022) e agora está em 5,56% (Corporate Classe A).
Na Vila Olímpia também houve aumento na média dos preços pedidos. No 4T/2022 estava R$ 115,20; agora subiu para R$ 116,46.
De igual maneira, a taxa de vacância também aumentou na região: era 10,71% no 4T/2022 e agora está 11,37% (Corporate Classe A).
Nas demais regiões, a média de preço pedido se manteve a mesma (Corporate Classe A). Para saber os números no detalhe, e o CRE Tool.
Com informações da Exame
Uma mudança importante é que os empreendimentos comerciais pós-pandemia estão sendo projetados com mais áreas de descanso e lazer, trazendo mais qualidade de vida no trabalho.