Como trouxemos em conteúdos e pesquisas recentes, parece que o mercado está deixando o modelo home office de lado. Isso não significa o seu fim, apenas o fortalecimento do retorno presencial dos profissionais às empresas. Isso se mostra uma preferência do mercado. 2y6h
O trabalho de casa foi necessário e importante nos primeiros meses da pandemia de Covid-19. Diante do confinamento social imposto naquele momento, o modelo atingiu o ápice. A adesão das empresas brasileiras chegou a 46%. Esses dados são de um estudo elaborado pela Fundação Instituto de istração (FIA), divulgado em julho de 2020.
Contudo, agora vivemos outro momento.
Para se ter ideia, a oferta de vagas de trabalho remoto vem diminuindo. De acordo com notícia do portal Seu Dinheiro, uma pesquisa recente da Cortex aponta que apenas 3,7% das oportunidades abertas nos principais portais de emprego do país citam home office na descrição.
A empresa é referência em inteligência de vendas B2B na América Latina. Em números, isso significa que entre as mais de 800 mil vagas, somente 30,8 mil são para trabalho a distância. Esse é o menor percentual registrado desde julho de 2022. Na ocasião, a oferta de oportunidades home office somavam cerca de 8% do total.
Ainda segundo a pesquisa Cortex, o setor de serviços é o que oferta o maior número de vagas para trabalho a distância. O setor concentra cerca de 31,3% das oportunidades desse modelo. Ou seja, mais de 9 mil.
A área de tecnologia da informação aparece em seguida, com 7.969 vagas abertas. Por fim, aparece o setor de varejo, com 4.141 oportunidades disponíveis — em junho deste ano.
Já em relação aos estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre são as localidades com maior oferta de vagas no formato home office.
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Maior parte das empresas segue no regime híbrido c1k2l
Dados do portal VOCÊ RH apontam que, desde agosto do ano ado, cerca de 2,9 mil colaboradores da B3 foram chamados de volta ao trabalho presencial. Por mais de dois anos, as atividades ficaram completamente remotas por causa da pandemia.
Agora, no entanto, há uma obrigatoriedade de 60% de presença nos escritórios. Estes ficam em três prédios no centro de São Paulo e na Avenida Faria Lima, coração financeiro da capital.
Ainda que o modelo seja híbrido, no qual parte das atividades pode ser feita de casa, a mudança integra uma tendência que sinaliza o enfraquecimento do trabalho remoto total.
Com isso, os profissionais voltaram em sua maioria aos escritórios.
Um levantamento exclusivo realizado pelo site de empregos Indeed para a VOCÊ RH mostra redução no número de oportunidades a quem deseja trabalhar sem sair de casa. Apenas 7,7% das vagas anunciadas no Brasil tinham a possibilidade de home office em março de 2023. O auge desse índice foi verificado um ano antes, quando 12,6% incluíam o trabalho remoto.
No LinkedIn, a maior rede social voltado a profissionais, as proporções são outras, mas o sinal de declínio é igualmente forte.
Em fevereiro deste ano, de acordo com dados do LinkedIn’s Economic Graph, quase 25% das vagas publicadas na rede mencionaram a possibilidade de trabalhar remotamente, incluindo o formato híbrido. Um ano antes, eram 39% do total.
O fenômeno se torna ainda mais radical lá fora.
Nos Estados Unidos, a proporção de vagas para trabalho remoto ou híbrido era de apenas 12,2% em fevereiro. No Reino Unido, de 10,6%.
Renata Caffaro, diretora de pessoas da B3, garante que o retorno ao presencial não é encarado de forma negativa na empresa. Para ela, o formato híbrido é o “encontro perfeito de dois mundos”.
“Essa proximidade faz parte da nossa cultura. Nós queremos que os empregados vivenciem os encontros. Especialmente nos níveis mais juniores, o trabalho flui melhor com a presença. Em contrapartida, nós também acreditamos na flexibilidade do remoto e mantivemos a possibilidade desse formato ao adotarmos o modelo híbrido”, explicou.
Grandes empresas trazem funcionários de volta aos escritórios 2a5r1l
A exemplo disso, recentemente grandes corporações como Disney, Starbucks e AT&T exigiram que os trabalhadores voltassem aos escritórios. Leia matéria: Grandes empresas querem seus funcionários de volta nos escritórios
Estudo da plataforma Fiverr apontou que dois terços dos executivos querem seus funcionários de volta ao trabalho em tempo integral. Entre as razões estão fatores como a crença de que as pessoas ficam mais motivadas quando sabem que estão sendo observadas por seus superiores. Além de haver uma redução dos tempos de intervalos durante o dia de trabalho.
Na outra ponta, um levantamento recente mostrou que 63% dos entrevistados consideraram que houve aumentou na rotatividade dos profissionais. Isso em relação ao trabalho remoto e flexível.
Vale dizer que a insegurança em relação à produtividade é um dos principais empecilhos para que as diferentes modalidades de trabalho sejam adotados.
Para saber mais, e os portais Seu Dinheiro e VOCÊ RH
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