Com os FIIs de tijolo nos holofotes, conheça um portfólio de qualidade que está dando sopa

De acordo com o portal Seu Dinheiro, em um mês de poucas movimentações, o burburinho da vez no mundo dos FIIs envolveu as estratégias de crédito imobiliário mais arrojadas, também conhecidas como high yield.

Em suma, um ativo específico tomou conta dos principais canais do mercado nas últimas semanas: o Hectare CE FII (HCTR11), fundo que investe preponderantemente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Em geral, as operações são lastreadas em segmentos como loteamentos e multipropriedades, além de ativos de maior risco em setores tradicionais. Por apresentarem esse risco de crédito mais elevado, a gestão busca distribuir rendimentos acima da média – nos últimos 12 meses, esse fundo imobiliário registrou um dividend yield de 19,60%.

Volatilidade do HCTR11 chama a atenção

Favorecido pela alta dos indexadores (IPCA e IGP-M, principalmente), o HCTR11 chama atenção desde o ano ado pela alta remuneração mensal e tem negociado com prêmio em relação ao valor patrimonial e aos pares do segmento. Sua base atual é de aproximadamente 170 mil cotistas.

Contudo, essa dinâmica mudou nas últimas semanas. Após alguns rendimentos decadentes (influenciados pela sazonalidade dos recebimentos) e uma sequência de captações, tivemos uma reavaliação da posição por parte de alguns investidores, que culminou em efeito manada de saída do papel.

Com bastante volatilidade, a cota do HCTR11 cai aproximadamente 11% desde o início do ano.

Fundo imobiliário foi alvo de ‘fake news’

Como “resposta”, a gestão elaborou um relatório bem completo a fim de sanar as dúvidas dos investidores sobre algumas operações, que foram alvos de fake news em alguns canais.

Aqui vale um adendo: considero que os fóruns de FIIs e influenciadores da “fintwit” são fontes válidas para algumas informações, mas a gestão de investimentos deve se basear em relatórios de casas sérias e estudos profundos. Em geral, o problema desses canais é a ausência de filtros de qualidade e profundidade nos comentários.

Arriscar ou não correr risco, eis a questão

Sem entrar em mais detalhes sobre o fundo, a verdade é que sempre procurei evitar as posições em high yield. Respeito a operação das gestoras e conheço diversas casas com boa diligência, mas risco adicional e a falta de visibilidade sobre algumas operações sempre foram barreiras importantes para qualquer recomendação. Mesmo nessa coluna, todos os FIIs de papel citados oferecem baixo risco de crédito, aliado a casas com bom histórico de originação.

De todo modo, nota-se que o fluxo proveniente dos fundos high yield não tem permanecido no setor. Pelo contrário, os grandes destaques do mês até o momento são os FoFs e fundos de tijolos.

Negociando a descontos significativos em relação aos respectivos patrimônios, os FIIs de lajes corporativas, logística e shoppings começam a atrair os holofotes, especialmente neste possível final de aperto monetário.

Isto é, apesar da provável volatilidade de curto prazo, entendo que esta dinâmica favorável aos tijolos será cada vez mais observada à medida que o ciclo de alta de juros termine e, consequentemente, o ciclo de queda se aproxime. Este cenário depende muito do contexto econômico doméstico (especialmente quando falamos de inflação), mas certamente deve ser considerado.

Para ler notícia completa, e o portal Seu Dinheiro

Deixe uma resposta

Translate

Descubra mais sobre Revista Buildings

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter o ao arquivo completo.

Continue reading