Notícia publicada no Valor Econômico aponta que grupo chileno, que já foi o quarto maior supermercadista do país, perdeu posições para redes regionais e estava em oitavo lugar. Neste momento, dá uma nova guinada. 3z73x
O inesperado fechamento do acordo entre o grupo chileno Cencosud e a atacadista Giga, da família Nassar (também dona dos supermercados Mambo), é um reflexo direto da importância das operações de atacarejo para qualquer empresa que pretende se manter relevante no mapa do varejo brasileiro. Ainda sinaliza que a Cencosud não deve ficar apenas assistindo a sua perda de terreno no país, enquanto redes regionais vão ganhando cada vez mais espaço.
No ano ado, a Cencosud ocupava a oitava posição entre as maiores supermercadistas do Brasil, com cerca de R$ 9,1 bilhões em receita, segundo ranking da Abras, associação setorial. O montante representa uma queda de 3% sobre 2020. Em 2017, o grupo estava em quarto lugar na lista, com faturamento de R$ 8,5 bilhões.
O crescimento acelerado do Grupo Mateus, dos mineiros dos Supermercados BH, do Grupo Pereira (Fort Atacadista) e dos Irmãos Muffato, do Paraná, foram “empurrando” a Cencosud para mais baixo no ranking das líderes do setor, num segmento em que escala é fundamental.
Chilenos no mercado de São Paulo 73f5a
Agora, com a compra do Giga por R$ 500 milhões, os chilenos colocam o pé no mercado de São Paulo, após uma expansão com foco em compras no Nordeste e parte do Sudeste. A Cencosud é dona das cadeias Bretas, GBarbosa, Prezunic, Mercantil Rodrigues, Perini e Spid, com um total de 350 lojas em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Goiás.
No negócio anunciado na sexta-feira, o grupo adquiriu 10 unidades na Grande São Paulo e um centro de distribuição. O Giga faturou cerca de R$ 1,5 bilhão em 2021 e conta com mais de 1,3 mil funcionários.
A família Nassar, controladora da rede de atacarejo, também é dona dos supermercados Mambo, que não fazem parte do acordo com a Cencosud, e têm uma gestão separada.
Com a transação, a Cencosud avança duas posições no ranking de comércio alimentar do país, empatada com o grupo Muffato.
O acordo pegou de surpresa parte do mercado. “Foi uma surpresa geral. Até sabia-se que eles [Giga] estavam abertos para avaliar, mas com todas as grandes redes com uma agenda já pesada de ‘M&As’ e expansões, era uma hora meio ‘tumultuada’ para que fechassem algo”, diz um executivo do setor de atacado.
Notícia publicada no Valor Econômico
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