Americanas com pé no freio enquanto Mercado Livre acelera

Da Redação

Se o momento do varejo não é dos melhores, a exemplo da crise das Americanas, na outra ponta, a plataforma de marketplace Mercado Livre vive outra realidade. Não à toa, a empresa bateu recordes em 2022 e sua ocupação industrial no Brasil também se destaca, ando de 1 milhão de m².

Desde que as Americanas entrou com pedido de recuperação judicial, em 19 de janeiro, segue no radar especulativo de perdas. A exemplo disso, a varejista devolveu alguns de seus galpões de e-commerce pela crise vivida.

Notícia do portal Suno aponta que a empresa devolveu quase 20% da sua ocupação. Foram desocupados 159 mil m2 distribuídos entre Betim (MG), Resende (RJ), Cajamar (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Segundo dados da Buildings, a ocupação total por m² no universo industrial do Grupo Lojas Americanas corresponde a 789.759 mil m². Essa metragem corresponde a soma da Americanas, B2W e Directlog.

As Lojas Americanas começaram a sua ocupação industrial no Brasil no 1 trimestre de 2018, com 196.155 mil m². No 4 trimestre de 2022, a varejista ocupava 242.426 mil m². Para saber mais, leia: Crise da Americanas afeta diretamente a ocupação do setor logístico

Leia também:
– Concorrência acirrada no mercado de escritórios paulista
O papel dos operadores de franchising e proprietários no futuro do espaço flexível
Paseo Alto das Nações tem primeira fase do complexo entregue em São Paulo

Shoppings e FIIs também são afetados

Os shoppings center onde a empresa tem lojas físicas estão sofrendo com a falta de pagamento dos aluguéis. Isso se deve à suspensão de cobranças conferido pela recuperação judicial.

Como previamente noticiado, a companhia deve R$ 11,6 milhões aos shoppings espalhados por diversas regiões do País. Os valores da lista não estão discriminados pelo tipo de despesas, mas provavelmente se referem a aluguéis e condomínios.

Outro setor que também está sob alerta é o de FIIs.

Levantamento da Buildings para o jornal Metrópoles apontou que há 17 fundos de shoppings que têm a Americanas como um dos inquilinos. Isso, claro, gera preocupação para os investidores.

Segundo o jornal, o Brasil tem hoje cerca de 220 fundos imobiliários negociados na Bolsa de Valores. Isso significa que aproximadamente 10% da indústria está exposta, de alguma forma, à crise da Americanas.

Mercado Livre bate recordes em 2022; ocupação industrial no Brasil também se destaca

Enquanto as Americanas sofrem com a crise financeira e caem no descrédito do mercado, o Mercado Livre, gigante do e-commerce no Brasil, bateu recordes em 2022.

De acordo com notícia da Exame, em 2022 a empresa processou mais de US$ 100 bilhões em pagamentos. Além disso, registrou mais de US$ 10 bilhões em receita e o lucro líquido saltou 480%.

De acordo com Info Money, com ações listadas em Nova York, a empresa teve receita líquida de US$ 3 bilhões no quarto trimestre. Isso representa um crescimento de 40,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior (56,5% em moeda constante). Após o resultado, as ações subiam 4,82%, a US$ 1.191, no after market.

Isso levou a um lucro líquido de US$ 165 milhões, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2021, de US$ 46 milhões.

O negócio de comércio contribuiu com quase US$ 1,7 bilhão em receita, com crescimento de 36%; na outra ponta, as operações da fintech Mercado Pago geraram mais de US$ 1,3 bilhão em receitas líquidas. Isso representa um crescimento de 93%. No ano, a receita total ou de US$ 7 bilhões para US$ 10,5 bilhões.

Mais resultados

As vendas brutas (GMV) do período aceleraram 35% no quarto trimestre de 2022. Tanto o Brasil quanto o México impulsionaram a aceleração. O Brasil registrou avanço de 36% nas receitas em dólar no total das operações do grupo. Isso inclui atividades financeiras – cuja receita no país cresceu 73%.

De acordo com a empresa, a campanha de Black Friday no Brasil superou significativamente um mercado fraco. E foi apenas “um dos destaques em um ano de grandes ganhos de participação de mercado”.

“Esses ganhos foram alcançados não com balas de prata, mas com investimento e execução consistentes em todos os aspectos de nossa proposta de valor durante um período prolongado”, diz a empresa em seu relatório.

Ocupação Industrial

De acordo com os dados da plataforma Buildings CRE Tool, a ocupação industrial do Mercado Livre no Brasil representa mais de 1,3 milhão de m², distribuído em 45 empreendimentos.

Na somatória dos quatro trimestres de 2022, a empresa alugou mais de 23 mil m². Apenas no 4T/2022 foram mais de 5 mil m² ocupados pelo Mercado Livre do BTLG Mauá.

A ocupação de escritório corresponde a 13 mil m², distribuído em 3 edifícios.

Já conhece o BigData do Mercado de Real Estate

A plataforma CRE Tool é o BigData do Mercado de Real Estate. Além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, a Buildings monitora também todos os edifícios comerciais de outras 15 cidades brasileiras, bem como de todos os condomínios industriais e logísticos em todo o território nacional.

Para saber mais sobre o mercado imobiliário corporativo, conheça a plataforma CRE Tool, clicando abaixo:

Deixe uma resposta

Translate

Descubra mais sobre Revista Buildings

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter o ao arquivo completo.

Continue reading