Absorção de escritórios cresce e regiões secundárias se destacam em São Paulo

Conteúdo Exclusivo – Por Ellen Costa

Absorção de escritórios em São Paulo cresce. Veja quais regiões estão em alta e como os preços têm subido em 2025.

São Paulo, 13 de fevereiro de 2025 – O mercado imobiliário corporativo de São Paulo segue aquecido, com absorção de escritórios positiva, impulsionado por um ciclo de expansão que dura há 13 trimestres consecutivos.

Nesse sentido, a absorção líquida positiva, que representa a diferença entre a ocupação e a devolução de espaços comerciais, tem sido uma constante desde o quarto trimestre de 2021. O indicador totalizou quase 1 milhão de m² absorvidos no período.

Este desempenho notável consolida a posição da capital paulista como um centro econômico vibrante e atrativo para empresas de diversos setores.

Considerando os indicativos mais recentes, no quarto trimestre de 2024, a absorção líquida atingiu 116 mil m² em edifícios corporativos de todas as classes, um resultado expressivo, embora ligeiramente inferior aos 147 mil m² do trimestre anterior.

O segmento de escritórios Classe A (alto padrão) também se destaca, acumulando sete trimestres consecutivos de crescimento, com mais de 310 mil m² de absorção positiva na somatória de 2024, conforme dados do Buildings CRE Tool.

Absorção de escritórios: Leopoldina/Barra Funda desponta como novo polo de atração

A região da Leopoldina/Barra Funda emergiu como a grande estrela do quarto trimestre de 2024, com uma absorção líquida de 43 mil m² em escritórios Classe A.

Impulsionado pela entrega do empreendimento Arquipeo, da Brookfield Properties, este imóvel adicionou 54 mil m² ao novo estoque na região. Entregue no final de outubro de 2024, o triple A tem o grupo WPP Marketing e Publicidade como principal inquilino. Vale destacar que empreendimento chegou ao mercado com mais de 70% de sua área já ocupada.

Apesar do aumento da oferta, a taxa de vacância na Leopoldina/Barra Funda caiu de 33,74% para 31,87% no trimestre, enquanto o preço médio pedido de aluguel subiu de R$ 66,12 para R$ 70,43 o metro quadrado, um aumento de 4,3 pontos percentuais. Saiba mais no Buildings CRE Tool.

Além disso, a região acumula sete trimestres consecutivos de absorção líquida positiva, consolidando-se como um novo polo de atração para empresas que buscam espaços modernos e bem localizados.

Pinheiros e Chucri Zaidan: desempenho positivo consistente

Pinheiros e Chucri Zaidan também apresentaram resultados positivos, com absorção líquida de 13 mil m² e 12 mil m², respectivamente. Essas regiões têm se mostrado resilientes e atraentes para empresas que buscam espaços de escritório em áreas bem servidas por infraestrutura e transporte público.

Já a região da Berrini, tradicionalmente um importante centro corporativo, registrou 10 mil m² de absorção positiva, quase três vezes maior que no trimestre anterior. Este aumento indica uma recuperação da demanda por espaços de escritório na região, que continua sendo um dos principais polos de negócios de São Paulo.

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Desempenho da Avenida Paulista e Nova Faria Lima

A Avenida Paulista, um ícone do mercado imobiliário paulistano, manteve o desempenho positivo, com 4,9 mil m² de absorção líquida, embora tenha registrado uma queda em relação aos 15 mil m² do trimestre anterior.

A região continua sendo um endereço cobiçado por empresas que buscam visibilidade e localização.

Na contramão desses números positivos, a região da Nova Faria Lima, conhecida por deter os preços de aluguel de escritórios mais valorizados da cidade, apresentou absorção líquida negativa de quase 5 mil m². Esse resultado, entretanto, se deve em razão da saída do edifício Jardim Europa do mercado.

Segundo informações coletadas com a a do empreendimento, a previsão é que o imóvel seja demolido ainda no primeiro semestre, dando lugar a um residencial de alto padrão.

Essa absorção negativa não impactou nos preços de aluguel na região, já que o preço médio pedido de aluguel continua em trajetória ascendente para o mercado Classe A.

Nesse sentido, o preço ou de R$ 253,00 para R$ 263,55 o metro quadrado. Por outro lado, a taxa de vacância subiu de 9,85% para 10,30% na Nova Faria Lima. Todos os indicadores do mercado de escritórios de São Paulo e outras regiões podem ser extraídos no Buildings CRE Tool.

“O mercado imobiliário corporativo de São Paulo tem demonstrado grande dinamismo e potencial de crescimento, com perspectivas otimistas para 2025. A absorção líquida positiva por vários trimestres, e acima dos 100 mil m² em São Paulo [todas as classes], é um resultado que reforça o crescimento do setor”, analisa Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings.

Além disso, a valorização dos preços de aluguéis e a entrega de novos empreendimentos sem aumento da taxa de vacância, também confirmam a força e resiliência do mercado.

Por fim, as empresas que buscam se estabelecer ou expandir na capital paulista encontram um mercado diversificado e dinâmico.

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