Primeiro encontro realizado com clientes da plataforma CRE Tool da Buildings promove interação entre os players do mercado imobiliário corporativo e apresenta números consolidados do 2º trimestre de 2017.

Por Fernando Didziakas, Diretor Comercial da Buildings
Em nossos 12 anos de pesquisa e chegando ao 10º aniversário desde que a empresa foi inaugurada, fez parte do nosso dia a dia o desafio de mapear um mercado pouco transparente e quebrar barreiras na divulgação de dados e o às informações. Quando olhamos para frente, vemos que a jornada continua longa e desafiadora, porém, ao olharmos para trás, vemos o quando evoluímos como empresa e como mercado.
Em 2007, era impensável que um banco de dados de imóveis comerciais estivesse disponível na internet para livre consulta. Esse era um tesouro que os detentores, as consultorias imobiliárias, guardavam escondidos à sete chaves. No começo, enfrentamos boa resistência de players que hoje tenho orgulho de chamar de clientes. Foi um trabalho árduo, “abrindo um caminho” até então não pavimentado e, com certeza disruptivo, que hoje nos possibilita afirmar que somos pioneiros nesse modelo de pesquisa imobiliária comercial no Brasil.
Nesse contexto, no qual o desafio é munir nossos clientes com mais informações, mais detalhes de edifícios, mais análises sobre os ciclos, enfim, mais transparência, realizamos, no dia 19 de julho de 2017, um encontro exclusivo para clientes da plataforma CRE Tool da Buildings, como forma de agregar valor a quem nos tem confiado o fornecimento de dados e inteligência de mercado para seus negócios.
O encontro
Realizado no edifício Tower Bridge, na cidade de São Paulo, o evento contou com a participação de mais de 130 players do mercado que, após um café da manhã e um bom tempo de networking, acompanharam uma apresentação de mercado com uma análise completa dos números do 2º trimestre de 2017. Assim, o evento teve o seu objetivo consolidado: fazer com que todos os presentes saíssem do encontro sabendo tudo o que aconteceu de mais relevante nos mercados de escritórios e de condomínios logísticos no trimestre. Ou seja, um overview completo.
Mercado de Escritórios de São Paulo
Toda a análise foi feita apenas para os edifícios Corporates de São Paulo, ou seja, as lajes. Esse universo totaliza 1.500 edifícios comerciais, aproximadamente, com 10,5 milhões de m².
Para esse universo, a vacância permaneceu estável pelo quarto trimestre consecutivo, na casa dos 18%. A absorção líquida fechou em torno de 27.600 m² e o novo estoque em 24.900m², conforme Gráfico 1:

Gráfico 1 – Escritórios Corporate de São Paulo – 2º trimestre de 2017
Já o universo Classe A, apresentou queda de vacância pelo terceiro trimestre consecutivo, chegando à 21,3%. A absorção líquida foi de 65.250m² e o novo estoque (inteiro Classe A) foi o mesmo dito anteriormente de 24.900m². Veja no Gráfico 2

Gráfico 2 – Escritórios Classe A de São Paulo – 2º trimestre de 2017
Em relação ao preço pedido, foi feita uma análise para tentar chegar no que chamamos de Changing Point, ou seja, qual o equivalente em vacância para termos uma mudança no cenário de preços – elevação ou queda.
Analisando os números desde o 3º trimestre de 2005, para o mercado Corporate total, chegamos em uma vacância na faixa de 7% a 8% para termos uma inversão de valor, ou seja, com a vacância abaixo da casa dos 8%, temos preços subindo. Vacância acima desta faixa, preços caindo. Confira no Gráfico 3.

Gráfico 3 – Changing Point do mercado de escritórios corporate em São Paulo
Para o mercado de edifícios de alto padrão, Classe A, a ponto de inflexão é maior, entre 9% e 10%, conforme explicado no Gráfico 4.

Gráfico 4 – Changing Point do mercado de escritórios Classe A em São Paulo
Existem duas justificativas para essa diferença quando olhamos apenas para o mercado classe A:
- A vacância nominal do universo classe A em 10% é menor que a do universo total em 8%;
- O universo classe A possui uma percepção de valor maior do que o do universo total, ou seja, é mais fácil cobrar “mais caro” no classe A do que no restante. Por isso, essa troca acontece em uma faixa maior de vacância.
Também mostramos na nossa apresentação como está a atividade construtiva na cidade, quais foram as entregas de empreendimentos do trimestre e quais foram os edifícios que tiveram as maiores absorções no período. Destaque para o WTorre Morumbi – Ala B, com mais de 12.000m² absorvidos.
Além desses e de outros dados sobre o mercado de escritórios de São Paulo, falamos também sobre o mercado do Rio de Janeiro, e sobre o desafio dos proprietários dos novos empreendimentos do Porto em provocar um movimento de flight-to-quality para a região.
Abordamos, também, os mercados de condomínios industriais e logísticos do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em São Paulo, a vacância continua subindo e está na casa de 28%, porém os preços permanecem estáveis pelos últimos quatro anos, variando muito pouco, na casa de R$ 19,00 e R$ 20,00 por metro quadrado. Já o Estado do Rio de Janeiro teve um trimestre mais estagnado, sem registro de novo estoque e absorção líquida positiva tímida.
Após a apresentação, que durou cerca de 50 minutos, os participantes tiveram espaço para perguntas e troca de opiniões sobre o mercado atual e sobre as tendências para os próximos trimestres.
Missão cumprida

Foto: Arquivo
A percepção que tivemos desde o primeiro convite feito aos clientes foi de completa aceitação à proposta do evento e de uma expectativa muito grande do que apresentaríamos no encontro. O sentimento com o qual fico agora é o de missão cumprida, com os s que recebemos no próprio dia do evento, nos dias seguintes ao encontro e nos constantes questionamentos que não param de chegar: “Quando será o próximo?”.
Continuamos trabalhando com o desafio de levar aos nossos clientes o melhor conteúdo e informações primordiais para seus negócios, em primeira mão. Com isso, minha resposta para essa indagação sempre é: “em breve!”.
Depoimentos
Isabela Monastersky, Diretora da Dworking Consultoria
“É uma inciativa muito importante. É bom encontrar os players e saber para onde o mercado está indo e acho que esse evento tem que acontecer mais vezes. A Buildings tem um trabalho muito bom de pesquisa e de informações.“
Milena Castanho, Diretora de Corporate Solutions da Colliers
“Parabenizo a Buildins pelo evento. É uma grande oportunidade de networking. Espero que continuem por esse caminho!”
Marcelo Ando, Diretor da Pátria Investimentos
“Acho que as questões que o Fernando Didziakas trouxe para a conversa de hoje foram muito provocativas para o mercado. É um mercado muito difícil e acho que ele trouxe muitas ideias boas para trabalharmos.”
Marcelo da Costa Santos, CEO da Engebanc Real Estate
“O mercado imobiliário brasileiro é muito pouco transparente e o trabalho que a Buildings faz, de trazer mais dados de uma maneira mais abrangente para o mercado como um todo é fundamental. Nesse contexto, o evento foi muito interessante para trazer mais informações para o mercado. Espero que a gente possa fazer isso a cada trimestre.”
Gabriella Marques, Head of Leasing & Asset da Tishman Speyer
“Muito legal a iniciativa da Buildings de promover um evento como esse. Nosso mercado precisa exatamente disso, de discussões e de diálogos para trazer mais informações para o mercado. Estamos em um momento de muita incerteza, principalmente política, e ao promover esse tipo de discussão, a Buildings acaba trazendo mais segurança para os players do mercado.”
Gregory Vaca, COO da Tishman Speyer
“Hoje, em um mercado bastante inseguro e que a por muitas incerteza, principalmente políticas, é muito importante ter o a toda informação possível. A Buildings conseguir compilar o que está realmente acontecendo, desmistificando o mercado, é importante para o mercado evoluir e ficar mais maduro, para que inquilinos e proprietários possam trabalhar com fatos reais, possam se encontrar e fazer negócios. Qualquer momento como esse, de encontro do mercado, é importante. Mostra uma consistência do mercado e dá mais segurança.”
Confira o video do evento.
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